O candidato do Chega à Câmara de Viseu David Barreiros disse esta sexta-feira que o partido “é a luz ao fundo do túnel da esperança” na região de Viseu, onde o poder local usa “determinadas grilhetas” para acorrentar as pessoas.

“Nós somos essa luz no fundo do túnel da esperança em Viseu, ou seja, nós somos a única força que poderá tirar a maioria instalada em Viseu, só nós é que poderemos mudar Viseu e fazer de Viseu uma cidade diferente e isso traz essa felicidade que queremos incutir em todas as pessoas”, disse o número dois da lista do Chega à Câmara de Viseu.

David Barreiros, que anda desde o primeiro dia da campanha na rua, disse à agência Lusa que começou a ver “as pessoas mais felizes”, a partir do momento “em que o Chega começou a tomar decisões firmes acerca das pessoas e da sua democracia e de exercerem os seus direitos democráticos”.

“E é essa força, essa bola de neve, que irá transformar o Chega numa grande força política no distrito de Viseu”, considerou o candidato, que esta sexta-feira contou com a companhia do cabeça de lista à Câmara, Pedro Calheiros, que andou a preparar a presença do presidente do partido, André Ventura, que esteve pela região.

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Para Pedro Calheiros, o comício em Lamego de André Ventura, “não preterindo Viseu enquanto cidade”, terá sido “como fazem as mães e os pais, dar preferência aos mais fracos ou, pelo menos, àqueles em que não se prevê que tenham tão grande sucesso na campanha.”

“André Ventura está bastante descansado em relação à candidatura de Viseu. Viseu está muito bem, está firme, está sólida, temos tido apoio de muitíssimas pessoas, muito mais do que aquelas que se pensam”, disse Pedro Calheiros.

Sobretudo, continuou, “de gente que, estando de alguma forma ligada a instituições públicas, (…) estão muito vinculadas e não têm, por assim dizer, a liberdade que deveriam ter para dizer e para se exprimirem em relação” ao Chega com “a abertura que gostaria”.

“Mas toda a gente nos diz ‘o voto está certo, contem connosco'”, disse Pedro Calheiros que justificou esta falta de liberdade ao facto de as câmaras municipais serem “o maior empregador” e isso faz com que “arraste atrás de si uma série de ligações”.

Neste sentido, disse que “acabam por obrigar as pessoas a uma determinada, ou ao uso de determinadas grilhetas que os acorrentam, que os mantêm ali seguros, muitas vezes até com ameaça do emprego ir embora ou de não vir o emprego do filho ou do sobrinho ou do primo”.

À presidência da Câmara Municipal de Viseu concorrem Fernando Figueiredo (IL), João Azevedo (PS), Nuno Correia da Silva (CDS-PP), Diogo Chiquelho (PAN), Fernando Ruas (PSD), Manuela Antunes (BE), Francisco Almeida (CDU) e Pedro Calheiros (Chega).

O município é liderado por Conceição Azevedo (PSD), que assumiu a presidência em abril de 2021, após a morte, devido a complicações de saúde provocadas pela covid-19, de António Almeida Henriques, que liderava a Câmara desde 2013, tendo, em 2017, conquistado 51,74% dos votos (seis mandatos), e o PS 26,46% (três mandatos).