A candidata do Livre à presidência da Câmara de Braga defendeu esta sexta-feira que o problema da mobilidade no concelho não se resolve “com mais uma estrada ou variante”, mas com uma “mudança na maneira como se vive a cidade”.

Em declarações à Lusa, Teresa Mota referiu que o “problema Infias” [área da cidade marcada pelo forte condicionamento do trânsito] só se resolve se se “repensar toda a questão” dos meios usados para deslocação.

“Nós não somos favoráveis a que se construa mais uma estrada, mais uma variante. Isso está mais do que provado que não vai acabar com o problema rodoviário, vai pura e simplesmente aumentá-lo”, defendeu.

Para o Livre, disse, “a questão da mobilidade vai além da questão da deslocação, vai no sentido de mudar a maneira como se vive a cidade, como se ocupa esse espaço, que é o espaço público e que deve ser comum e que neste momento não é”.

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A candidata considerou que a maneira como os bracarenses se deslocam “acaba por ser pouco democrática”, porque, explicou, “privilegia certas maneiras de deslocação em detrimento de outras, o que torna mais difícil o encontro das pessoas e transformar esse espaço em algo comum para todos”.

Questionada sobre que solução defende para o nó Infias, Teresa Mota disse “não ter uma resposta”.

“Não se resolve se não repensarmos toda a questão dos meios que usamos para nos deslocarmos. Para dar uma resposta para Infias, para além das questões técnicas e das várias opções que existem, a montante tem que se pensar como é que nós nos queremos deslocar em Braga e onde queremos apostar”, explicou.

“Apostarmos em mais transportes públicos e coletivos, apostarmos mais em outros meios de deslocação publico coletivo eficiente, de qualidade, que cubra o maior número possível de destinos dentro da cidade mas também em articulação com os concelhos limítrofes é absolutamente essencial”, concluiu.

Nas eleições de 26 de setembro, os cabeças de lista à câmara de Braga são Ricardo Rio (coligação PSD/CDS/PPM/Aliança), Hugo Pires (PS), Bárbara Barros (CDU), Alexandra Vieira (Bloco de Esquerda), Teresa Mota (Livre), Olga Baptista (Iniciativa Liberal), Rafael Pinto (PAN) e Eugénia Santos (Chega).