Milhares de voluntários vão limpar no sábado praias e zonas subaquáticas de Portugal para assinalar o Dia Internacional da Limpeza Costeira, em mais 150 de ações promovidas pela Fundação Oceano Azul com associações e clubes locais, disse fonte a organização.

Albufeira, Lagoa e Silves, no Algarve, são municípios onde estão previstas ações de limpeza do lixo marinho, mas a iniciativa abrange outras zonas do país e das regiões autónomas da Madeira e Açores, com a organização a estimar que o número de 3.600 voluntários que participaram na edição do ano passado “vai ser ultrapassado”.

“Este é o terceiro ano da iniciativa, que surgiu em 2019 com o ímpeto de juntar e agregar as várias iniciativas que iam decorrendo também para celebrar esta data do Dia Internacional da Limpeza Costeira um pouco espalhadas pelo país”, contextualizou a responsável de projetos da Fundação Oceano Azul, Flávia Zurga Silva.

A mesma fonte referiu que, em 2019, estiveram “mais de 100 entidades envolvidas” na ação e foram realizadas “65 ações de limpeza numa semana em Portugal”, números que, “em 2020, o segundo ano, chegou às 160 ações de limpeza, com quase 200 organizações envolvidas”.

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“O objetivo é mesmo não só assinalar este dia simbolicamente, com a recolha de lixo nas praias, mas dar visibilidade a todas estas organizações que todo o ano trabalham em prol de um oceano mais limpo e mais saudável”, afirmou Flávia Zurga Silva, frisando que o dia internacional da Limpeza Costeira se “assinala sempre no terceiro sábado de setembro”.

Este ano, a organização espera “superar os números de 2020”, no qual foram recolhidas “ao longo de todo o país, 29 toneladas de lixo marinho”, num conjunto de “160 ações”, com a participação de “3.600 voluntários”, disse a mesma fonte.

“Na zona do futuro parque marinho [do Algarve], os municípios envolvidos, Lagoa Albufeira e Silves, juntaram-se também a esta celebração para assinalar a importância daquela zona e da proteção e conservação daquele espaço”, destacou a responsável da Fundação Oceano Azul.

Flávia Zurga Silva frisou que, apesar de haver “ações concertadas naquela zona do Algarve”, envolvendo “não só municípios, como organizações ambientais” ou “associações de pescadores” e “centros de mergulho e escolas de surf”, a iniciativa estende-se a todo o país e vai envolver também “80 turmas” de escolas nacionais, com “1.300 alunos”, em iniciativas a realizar durante os dias úteis da próxima semana.

A responsável de projetos da Fundação frisou a importância da retirada de lixo marinho das zonas costeiras, mas também alertou para a necessidade de catalogar o lixo recolhido, “em conjunto com outros parceiros nacionais, com listas uniformizadas para Portugal” fazer a recolha desses dados.

“É muito importante, claro, fazer estas limpezas e recolher o máximo de lixo possível. Estamos a aliviar o sistema, estamos a ajudar a que este lixo não se degrade, não se separe em milhões de partículas e não firam ou matem animais, mas é muito importante conhecermos o lixo que está nas praias para depois propor medidas ou impor regras”, justificou.

Flávia Zurga Silva sublinhou que “o mais importante aqui é mudar comportamentos e atuar na fonte onde este lixo tem origem”.

A iniciativa conta com a colaboração do surfista Frederico Morais ou da bodyboarder Joana Schenker, que tem um clube onde ensina a modalidade e “já aderiu com o seu clube nos últimos dois anos”, realizando “ações no Algarve, a sua terra”.

Por outro lado, a iniciativa está também ligada à a campanha #EUBeachCleanup, que “agrega ações de limpeza em todo o Mundo” para “assinalar a data em cada país”, mostrando “o trabalho que se tem desenvolvido em Portugal” ao “juntar tantas organizações e limpezas em simultâneo”.