A líder do movimento independente “Somos Todos Lisboa”, Ossanda Liber, defendeu esta sexta-feira os três pilares da sua candidatura – inclusão, igualdade e amor por Lisboa – num concerto-comício no Cais do Sodré.

“Apelo aos lisboetas para se juntarem a este movimento que é de todos. Um movimento independente, sem dependência de partidos, um movimento de lisboetas para lisboetas e estamos cá para todos os lisboetas sem exceção. Para nós o que têm em comum os lisboetas é o amor a esta cidade“, começou por dizer Ossanda Líber.

No final do dia, na frente ribeirinha junto ao Cais do Sodré, a líder do Somos Todos Lisboa, depois de um momento musical por parte de dois artistas brasileiros e um de São Tomé e Príncipe, fez um discurso de cerca de três minutos apresentando ao público presente, grande parte jovem e alguns turistas, o porquê de escolherem o movimento e votarem neste no dia 26 de setembro.

Ossanda Líber defende a inclusão como um dos três grandes pilares da sua candidatura, frisando que a cidade de Lisboa “deve ter em conta todos os lisboetas independentemente da sua condição social, origem ou condição física”.

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Queremos uma Câmara Municipal de Lisboa que pense em todos e que, na hora de tomar decisões que nos dizem respeito, é nossa proposta que seja possível os ciclistas coabitarem com os automobilistas, queremos passeios adaptados às pessoas com mobilidade condicionada, queremos habitação para todos, queremos que não haja assimetrias entre os mais carenciados e os outros”, continuou.

Ossanda Líber reconheceu que os lisboetas que votarem no movimento que encabeça estarão a votar em si mesmos, porque o seu programa, referiu, defende os lisboetas.

Em declarações à Lusa, a líder do movimento independente reconheceu que durante estes dias de campanha tem encontrado pessoas “infelizes” e a sofrer “de carências de várias ordens” que, no seu entender, podem ser resolvidas com ações municipais.

Ossanda Líber voltou a falar dos jovens e dos problemas com que estes se têm deparado durante a pandemia, reiterando a importância da criação de um pelouro de inclusão, para “acolher, auscultar os problemas reais dos lisboetas”.

Uma das máximas por si defendidas é igualmente a imigração, salientando que, atualmente, a cidade não se preocupa com quem vem de fora.

Lisboa é uma cidade aberta, eu acredito mesmo nisso, mas, não excluindo também não incluiu, não integra. Não se preocupa com alguém que vem de fora. O que está a acontecer é que os imigrantes vivem em comunidade, vivem em grupo entre si” e tem de haver inclusão, defendeu.

Na corrida à presidência da autarquia estão, além de Ossanda Líber, Beatriz Gomes Dias (BE), o atual presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt Portugal), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!), Bruno Fialho (PDR) e João Patrocínio (Ergue-te).

A Câmara de Lisboa é composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.