O candidato do BE à presidência da Câmara de Beja exigiu este domingo apoios municipais ao comércio local “fustigado” pela pandemia de Covid-19 e a todas as empresas do concelho “sustentáveis” e com “força de trabalho digna”.

A autarquia deve “apoiar todas as empresas que são sustentáveis” e têm “força de trabalho digna”, e, “ao mesmo tempo, é importante também apoiar o comércio local fustigado tanto por esta pandemia”, disse Gonçalo Monteiro à agência Lusa.

O candidato falava à margem de uma ação de rua na aldeia de N. Sra. das Neves, no concelho de Beja, no âmbito da campanha para as autárquicas de dia 26 de setembro.

A autarquia deve “apoiar o comércio local em todos os aspetos” da sua “responsabilidade” para o ajudar a “recuperar desta fase pandémica”, defendeu.

Redução das tarifas de água e saneamento, isenção do pagamento das taxas das esplanadas e continuação das plataformas informáticas criadas pelo município para dar “visibilidade” e oportunidades de negócio digital ao comércio local são medidas sugeridas pelo candidato.

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Em termos de acessibilidades, Beja deve ser um concelho “inclusivo”, frisou, exigindo a criação “urgente” de uma rede interna de transportes públicos que “responda às verdadeiras necessidades das pessoas” e seja “adaptada a cidadãos com mobilidade reduzida e portadores de deficiência”.

O candidato também instou o município a concluir, “o mais urgentemente possível”, o projeto lançado pelo atual executivo liderado pelo PS para criação de percursos acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida em várias artérias da cidade.

Em relação às acessibilidades externas, o candidato disse que o que “tem afastado cada vez mais Beja das restantes zonas do país é o atraso na conclusão das obras” da Autoestrada 26 para a ligar ao concelho.

Por outro lado, o concelho é servido por “uma linha ferroviária completamente ultrapassada”, criticou, considerando “pouco ambiciosa” a calendarização prevista para as obras de modernização do troço Casa Branca-Beja da linha do Alentejo, que “já devia ter sido concluída há anos”.

Quanto ao aeroporto de Beja, “não há muito a dizer, nunca chegou e não sabemos se irá chegar a levantar voo“, lamentou.

O candidato criticou o executivo por “não ter incentivado” a participação pública dos habitantes do concelho nas decisões municipais.

“É importante olhar para a participação pública e cívica como um instrumento fundamental da democracia”, frisou, exigindo que a Câmara de Beja avance com a execução do projeto de Orçamento Participativo.

O regulamento do Orçamento Participativo da autarquia já foi aprovado pela Assembleia Municipal de Beja, mas o projeto “nunca chegou a ser concretizado”, porque o executivo PS meteu-o “dentro da gaveta”.

O atual executivo, liderado pelo socialista Paulo Arsénio, que cumpre o primeiro mandato e é recandidato, é formado por quatro eleitos do PS e três da CDU (PCP/PEV).

Nas autárquicas de 26 de setembro, além de Gonçalo Monteiro, concorrem à presidência da Câmara de Beja Paulo Arsénio (PS), Vítor Picado (CDU), Nuno Palma Ferro (pela coligação PSD/CDS-PP/PPM/Iniciativa Liberal/Aliança) e Pedro Pinto (Chega).