O candidato do partido Chega à Câmara de Portalegre, Luís Lupi, manifestou-se este domingo contra a construção de um novo centro de formação de praças da GNR naquela cidade, defendendo que a escola, sediada num convento, deverá manter-se.

“A mim preocupa-me a situação do abandono daquelas instalações porque, de facto, se o centro de instrução dali sair não são só as dezenas de milhares de formandos que deixam de estar centralizados na cidade e que deixam de dar vida à cidade que tanto precisa, como também aquelas instalações poderem ficar votadas ao ostracismo e poderem ser utilizadas para fins que não são os desejáveis”, disse Luís Lupi.

O candidato, que falava à agência Lusa à margem de uma ação de campanha na Feira das Cebolas, em Portalegre, explicou que reuniu recentemente com a direção do Centro de Formação da GNR em Portalegre, tendo-lhe sido explicado que “não está claro” o processo de mudança de instalações do Convento de São Bernardo para a zona industrial da cidade.

“Eu pude constatar, com agrado, que da parte dos comandantes do centro de instrução isso [mudança de instalações] para eles não está claro e constatei isso com agrado, estão negociações a decorrer”, explicou.

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No dia 28 de janeiro de 2020, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou naquela cidade alentejana que seria lançado “em breve” o concurso para o projeto de execução do novo Centro de Formação da GNR em Portalegre, num investimento previsto de 20 milhões de euros.

As novas instalações do centro de formação estão previstas surgir num terreno com 28 hectares, na zona industrial da cidade.

O Centro de Formação da GNR em Portalegre está instalado no Convento de São Bernardo, ao abrigo de um protocolo de cedência entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna.

“Eu defendo que devem-se esgotar as possibilidades do funcionamento da escola ali [convento] e constatei com agrado que de dentro da instituição da Guarda não há uma força contra, por isso tudo fica em aberto a esse respeito”, disse Luís Lupi.

O Palácio da Justiça de Portalegre está encerrado provisoriamente para obras desde 2014, situação que preocupa também o candidato do Chega que, no entanto, confessa “desconhecer” as causas que estão na origem desta situação.

“Eu não conheço o processo das obras do tribunal, é claro que é uma situação de alguma forma confrangedora para os habitantes da cidade”, lamentou.

O candidato reconhece que este caso “transcende” o poder de influência do município, mas defende, no entanto, que no próximo mandato autárquico o executivo municipal deverá desenvolver diligências para solucionar este caso.

O município de Portalegre é liderado por Adelaide Teixeira, eleita pelo movimento Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), estando também a autarca nesta corrida eleitoral em busca de um terceiro mandato.

Além do candidato do partido Chega e da CLIP, a corrida eleitoral em Portalegre conta com as candidaturas de Fermelinda Carvalho (PSD/CDS-PP), Luís Moreira Testa (PS), Hugo Capote (CDU) e António Ricardo (BE).