O candidato do Livre à Câmara do Porto, Diamantino Raposinho, fez este domingo campanha de bicicleta para propor a criação uma rede integrada ciclável e alertar para o perigo que os ciclistas enfrentam todos os dias na cidade.

“No fundo queremos mostrar que a cidade ainda é um sítio muito inseguro para se andar de bicicleta. Fazemos no fim de semana porque tem menos automóveis na rua e para ser mais seguro, porque, infelizmente, a cidade ainda não tem uma rede de ciclovias integrada”, sublinhou.

Diamantino Raposinho dedicou a manhã de domingo a um passeio de bicicleta que começou na rotunda da Boavista e seguiu pela avenida da Boavista até ao Parque da Cidade, onde o Livre realizou um piquenique.

O cabeça de lista à Câmara do Porto nas eleições de 26 de setembro apontou os perigos que os ciclistas enfrentam todos os dias na cidade, pela “quantidade de carros que existem hoje”.

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E propôs “uma rede que pense toda a cidade em conjunto, com as cidades vizinhas, para que toda gente possa andar de bicicleta de forma segura”.

“A questão da mobilidade para nós é essencial. Precisamos de transformar o modelo de mobilidade da cidade, para que seja mais baseado no transporte coletivo, no transporte suave e acima de tudo que seja uma mobilidade sustentável”, referiu.

O investigador em Ciência Política falava aos jornalistas em plena rotunda da Boavista, alertando que os ciclistas arriscam a segurança para circular “no meio dos carros” nesta zona, onde não há uma via só para bicicletas.

Já na avenida da Boavista abaixo há uma ciclovia, mas esta não está completa, não tem sinalização adequada, nem ‘resolve’ muitos dos locais onde há cruzamentos com carros, acrescentou.

“No fundo, faz com que os próprios ciclistas não se sintam seguros, nem os próprios automobilistas com estas novas ciclovias”, apontou.

Para Diamantino Raposinho é necessário “pensar de forma integrada e em rede”, caso contrário será “muito difícil” convencer as pessoas a andarem de bicicleta na cidade.

O Livre tem como bandeira a ecologia e propõe um grande plano para a transição ecológica do Porto, que possa ser feito com os cidadãos através da convocação de uma assembleia de cidadãos.

“Queremos que se possa discutir em conjunto, com as autarquias vizinhas, universidades, associações empresariais, associações sindicais e sociedade civil os objetivos, a forma e o calendário para a transição ecológica por forma a conseguirmos cumprir as metas do acordo de Paris e a descarbonização da cidade, idealmente na próxima década”, destacou ainda o candidato, de 36 anos.

São candidatos à presidência da Câmara do Porto, nas eleições de 26 de setembro, Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” – apoiado por IL, CDS, Nós, Cidadãos!, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).