A plataforma chinesa de venda de produtos tecnológicos Gearbest, detida pela Global Top E-Commerce, também conhecida como Globalegrow, pediu falência. Desde o início do mês que a notícia tem sido avançada por vários órgãos de comunicação social, depois o site ter ficado inacessível e vários clientes divulgarem que compraram produtos que não receberem e não conseguirem receber o dinheiro de volta.

Em tempos, a Gearbest chegou a ser uma das lojas online chinesas mais populares. Contudo, nos últimos meses, o site passou a receber inúmeras críticas devido a não cumprir encomendas ou prestar o devido apoio ao cliente. Como contou a página online Maistecnologia, desde junho que a plataforma não partilhava publicações na sua página de Facebook, um dos canais preferenciais de comunicação da empresa. Além disso, como noticiou o JN na sexta-feira, nesse mês a plataforma assumiu que estava à procura de novos investimentos para não ter de declarar falência.

Até agora, a Gearbest não emitiu qualquer comunicado quanto ao que fará aos clientes lesados, concorrendo estes o risco de poderem não reaver o dinheiro que gastaram em encomendas. Como contou este último jornal, há vários relatos de pessoas que têm até centenas de euros para receber.

O processo de falência deu entrada em junho no Tribunal Provincial de Guangdong. Contudo, a Global Top E-Commerce tinha dito que não recebeu documentos oficiais do Tribunal Popular Intermédio de Shenzhen. O pedido de falência da Globalegrow foi aberto depois de a sucursal do Banco Industrial e Comercial da China (BICC) em Nanshan, Shenzhen, estando agora o processo a decorrer.

A Gearbest chegou a funcionar em 23 países. Como contou o jornal tecnológico espanhol Xataka, há vários anos que a empresa estava a perder a valorização em bolsa, tendo tido quebras avultadas no último trimestre de 2020. A empresa chinesa entrou no mercado em 2014. Em apenas quatro, chegou a ser uma das principais empresas chinesas, partilhando sucesso com marcas como a Xiaomi, a ZTE ou a Lenovo.

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