Os empregadores serão chamados a pagar os custos adicionais que o trabalhador em consumo de energia e comunicações online por estar a trabalhar a partir de casa. Segundo o jornal Público, as últimas versões das propostas do PS e do Bloco de Esquerda para regular o teletrabalho, entregues na sexta-feira, aproximam-se  nesta obrigação desde que o trabalhador comprove que teve um aumento das contas de eletricidade e telecomunicações.

Na proposta inicial dos socialistas, a obrigação de assumir estes custos dependia do acordo com o empregador, expressão que desaparece da versão mais recente citada pelo Público. Em declarações ao jornal, o deputado do Bloco de Esquerda, José Soeiro, considera que esta alteração faz a diferença, o que significa que a proposta socialista reconhece que o pagamento dessas despesas extras é uma obrigação da entidade empregadora. Já Ana Catarina Mendes do PS justifica ao mesmo jornal que o partido sempre defendeu o pagamento desses custos, desde que fossem justificados.

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A última proposta dos socialistas considera ainda que o teletrabalho não pode corresponder a ausência de horário ou total disponibilidade por parte do trabalhador, ao prever a fixação de um período horário durante o qual o trabalhador não poder ser contactado, o que é também destacado como positivo pelo Bloco de Esquerda.

O recurso ao teletrabalho ainda é recomendado no quadro das medidas de controlo da pandemia e muitas empresas estão a optar por um modelo híbrido que combina presença no escritório com trabalho em casa.

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