Os alemães adquiriram, durante o passado mês de Agosto, um total de 193.307 veículos, um número que impressiona se comparado com os restantes países europeus, mas que prova que a crise aperta no mercado germânico, fruto dos problemas derivados da pandemia e da falta dos chips necessários para a produção de novos veículos. Comparando com igual período de 2020, a procura por carros novos caiu 23%, um golpe importante num país em que a indústria automóvel é um dos seus maiores trunfos.

A crise só não é maior porque os modelos equipados com baterias recarregáveis, ou seja, os eléctricos (BEV) e os híbridos plug-in (PHEV), aliciaram 53.357 novos clientes, um valor que é muito bom e duplamente. Por um lado, porque confirma o crescimento desta classe de veículos em 61% face a Agosto de 2020 e, por outro, porque BEV e PHEV conseguiram, juntos, um share de 27,6% do mercado alemão.

Os dados comerciais referentes ao 8º mês do ano demonstram ainda que os condutores alemães estão cada vez mais a optar por modelos 100% eléctricos, face aos PHEV. Os primeiros cativaram 28.860 novos clientes (14,9% do mercado), registando um crescimento de 80% em relação a 2020, enquanto os PHEV venderam 24.497 unidades (12,7%), mais 43% do que no ano anterior.

A marca que mais vende é a Volkswagen, com 9232 veículos (7462 BEV e 1770 PHEV), seguida pela Mercedes com 5808 (1197+4611), Audi com 4771 (1075+3696), BMW com 3921 (1280+2641), Tesla com 3810 (obviamente eléctricos), Seat com 3285 (419+2866), Hyundai com 3027 (2165+862), Skoda 2490 (1582+908), Renault com 2374 (1996+378) e, na 10ª posição, a Kia com 2024 (823+1201).

De Janeiro a Agosto, os carros com baterias recarregáveis transaccionaram 421.262 unidades (203.040 BEV e 218.222 PHEV). O ranking dos eléctricos mais vendidos no acumulado do ano é liderado pelo VW e-up!, com 20.438 unidades, seguido pelo VW ID.3 (18.845), Tesla Model 3 (17.154), Hyundai Kauai EV (12.431), Renault Zoe (12.220), Smart Fortwo (10.160) e VW ID.4 (8192).

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