O candidato da CDU à presidência da Câmara da Figueira da Foz nas eleições autárquicas de domingo disse esta segunda-feira que quer acabar com a privatização dos serviços de água e saneamento para reduzir a fatura cobrada aos consumidores no concelho.

“Defendemos a reversão do serviço da água para a esfera pública, porque a água é um bem público e não pode ser gerido por privados com o objetivo do lucro”, afirmou Bernardo Reis à agência Lusa.

Com o fim da privatização dos serviços de água e saneamento à Águas da Figueira, o candidato comunista tem como principal objetivo acabar com a “fatura exagerada com taxas e tachinhas associadas, quando algumas pessoas nem saneamento têm”, e conseguir “o abaixamento dos preços exorbitantes com a prestação desses serviços”.

Se for eleito, pretende estudar os prazos da concessão e os encargos com o fim dela “para tentar negociar a reversão” e, em última instância, “recorrer aos meios litigiosos” com o mesmo objetivo.

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Segundo a CDU, o fim da privatização dos dois serviços poderá representar uma poupança para os consumidores e para a autarquia, indicando que esta paga o dobro da receita (600 mil euros) que recebe pelos serviços (300 mil euros).

Com essa poupança, defendeu, o município poderia investir no sentido de resolver “os problemas da rede”, quando “nem o saneamento está completo”.

Às eleições autárquicas de domingo, na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, concorrem Bernardo Reis (CDU), Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), Pedro Santana Lopes (independente) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.

O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD, sendo que o partido retirou a confiança política a dois dos seus vereadores.