O cabeça de lista do Chega à Câmara de Coimbra, Miguel Ângelo Marques, afirmou esta segunda-feira que o iParque, que tem vários lotes vazios, mostra que quando uma ideia “nasce mal de raiz, dificilmente se endireita“.

O iParque “é uma daquelas situações em que ideias são lançadas de uma forma avulso e, quando uma coisa nasce mal de raiz, dificilmente se endireita”, disse à agência Lusa o candidato, que falava após uma visita ao iParque, parque de ciência e tecnologia situado na periferia da cidade, cuja primeira fase de loteamento terminou em 2010.

Segundo Miguel Ângelo Marques, o parque “ainda anda com problemas de licenciamento, disto e daquilo”, e não está a funcionar em pleno por causa de ter sido lançado “de uma forma aleatória”.

“Depois dá neste tipo de atrasos que se refletem na economia, no emprego e temos este iParque ainda com 30% de ocupação, quando podíamos ter 100% de ocupação“, notou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para o cabeça de lista do Chega, o problema centra-se na burocracia. Miguel Ângelo Marques reafirmou a necessidade de reformular o parque empresarial de Eiras, o alargamento da zona industrial de Taveiro e a criação de uma nova na União de Freguesias de Souselas e Botão.

“Haveria a possibilidade de ocupar [o iParque] só com empresas tecnológicas se não fosse este local, se estivesse mais dentro do casco urbano da cidade. Aí, faria todo o sentido e já estaria todo ocupado. Como é óbvio, hoje, os trabalhadores das tecnologias, se for preciso, vão de skate ou trotinete para o trabalho e isto está a uma distância enormíssima do centro urbano da cidade”, frisou.

Para o candidato, é por essa razão que “algumas empresas que inicialmente tinham adquirido aqui lotes de terreno não veem hoje com os mesmos olhos a sua colocação aqui”.

Nesse sentido, Miguel Ângelo Marques defende a requalificação de edifícios do Estado ou do município no centro de Coimbra para acolher empresas de base tecnológica.

Os candidatos à Câmara de Coimbra são o atual presidente do município, Manuel Machado (PS), José Manuel Silva (coligação Juntos Somos Coimbra — PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR /Aliança), Francisco Queirós (CDU), Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra), Miguel Ângelo Marques (Chega), Filipe Reis (PAN), Inês Tafula (coligação Coimbra é Capital – PDR/MPT) e Tiago Meireles Ribeiro (Iniciativa Liberal).