O candidato do Chega à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Nuno Graciano, visitou esta segunda-feira a freguesia de Carnide, onde identificou problemas “que são crónicos à cidade”, relacionados com segurança e higiene urbana.

A visita de esta segunda-feira à tarde incluiu passagens pelo Bairro da Horta Nova e o Largo da Luz, terminando na zona histórica daquela freguesia.

No final do percurso, Nuno Graciano fez o balanço de mais uma ação de campanha de contacto com a população. “A receção foi boa, embora esta segunda-feira fosse um dia que não tivesse muita gente na rua, na verdade”, afirmou.

O candidato contou que “já tinha feito uma visita prévia para se inteirar dos problemas da freguesia”, o que lhe permitiu perceber que “há pessoas satisfeitas com Carnide e há pessoas insatisfeitas com Carnide”.

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“Há problemas que são crónicos à cidade de Lisboa”, disse, reconhecendo que fala “sempre deles”, porque “são sempre os mesmos”: “o problema da segurança e da higiene urbana, que são problemas indissociáveis neste momento da campanha“.

O candidato do Chega à junta de freguesia local, Luís Galego Pinto, concordou: “O principal problema de Carnide é a questão da segurança, porque só há esquadras nestes dois bairros [Horta Nova e Padre Cruz] e a esquadra de Carnide está fechada desde 2019. Isso é prioritário [reabrir a esquadra]”.

Quanto à higiene urbana, Luís Galego Pinto, militante do Chega que vive e trabalha na freguesia, disse que “há ruas que pura e simplesmente não têm higiene.” “Não há de forma consistente uma higiene em toda a freguesia“, defendeu.

Nuno Graciano descreveu Carnide como uma freguesia “de contrastes”, que “tem grandes prédios e zonas habitacionais fantásticas” e também “este tipo de bairros que é preciso ter mais cuidado, é preciso andar mais em cima deles”, numa referência aos bairros da Horta Nova e Padre Cruz.

“É preciso haver um cuidado muito especial com estas pessoas, integrá-las de facto na sociedade, de forma a que estejam integradas, e que não sejam subsidiodependentes, não vivam à conta de subsídios e fiquem nas portas dos bairros e dos cafés sem fazer nada”, disse.

No Bairro da Horta Nova, Nuno Graciano chamou a atenção para alguns passeios com lixo espalhado pelo chão: “quando se fala em higiene urbana […] olhem para isto”.

Salientando que Lisboa é “uma cidade tão bonita”, Nuno Graciano alertou que, “para lá das artérias principais, existe uma outra Lisboa, que é uma Lisboa que é suja”.

Na Horta Nova, a comitiva do Chega, que integrava também, além do candidato à junta de freguesia local, o cabeça de lista do Chega à Assembleia Municipal de Lisboa, Pedro Pessanha, e o número dois à Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Cassiano Neves, foi recebida de formas bastante diferentes pelas pessoas que estavam maioritariamente reunidas à porta de cafés ou em bancos e mesas espalhados pelo bairro.

Houve quem demonstrasse indiferença ou apoio, nomeadamente fazendo referência ao líder do partido, André Ventura, mas também quem fizesse questão que a comitiva ouvisse, mais do que uma vez: “estão no sítio errado”.

Concorrem também à presidência da Câmara de Lisboa, nas eleições de domingo, Fernando Medina (coligação PS/Livre) Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).