A Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) fez as contas e concluiu que há muitos países em que não faz sentido adquirir um veículo eléctrico. Tem tudo a ver com a distância a percorrer até encontrar um posto de carga, que a associação dos construtores calcula a partir do número de postos que existem em cada 100 km.

O país europeu que lidera o ranking é a Holanda, com 47,5 postos de recarga por 100 km, o que significa que um condutor de um veículo a bateria pode esperar encontrar um local para recarregar a cada 2,1 km. A segunda posição pertence ao Luxemburgo, com 34,5 postos por 100 km, seguindo-se um fosso considerável para a Alemanha, com 19,4 postos/100 km e Portugal, que surge na 4ª posição com 14,9 postos/100 km. A Áustria ocupa a 5ª posição (6,1/100 km).

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O problema dos dirigentes europeus, e da ACEA por tabela, é que nem todos os países possuem a mesma cobertura do território com carregadores eléctricos. Basta ver os cinco piores do ranking para perceber que a Roménia e a Letónia têm apenas 0,5 carregadores a cada 100 km, o que equivale a dizer que é necessário percorrer 200 km para encontrar um local onde recarregar a bateria. A Polónia tem uma situação ligeiramente pior (0,4/100 km), ou seja, 250 km entre recargas, para a Grécia e a Lituânia apresentarem as piores condições para veículos a bateria, com 0,2 postos a cada 100 km, o que implica percorrer 500 km antes de conseguir abastecer de energia.

Sucede que muito poucos eléctricos percorrem com facilidade 500 km, pelo menos em condições normais de utilização, o que torna a decisão de adquirir um veículo a bateria nestes países, no mínimo, discutível.

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