A solução para as pessoas que não conseguem produzir anticorpos contra a Covid-19 pode vir a passar por injeções regulares de anticorpos monoclonais (produzidos em laboratório) contra o vírus — pelo menos, nos Estados Unidos.

A farmacêutica Regeneron já está em conversações com o regulador norte-americano (FDA) para o fazer e a AstraZeneca planeia apresentar um pedido de autorização ainda este outono, noticiou o jornal The Guardian.

Tratamento reduz risco de morte em doentes com Covid-19 que não conseguem produzir anticorpos

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O cocktail de anticorpos da Regeneron (como os que Donald Trump quando esteve infetado) já recebeu autorização de uso de emergência em doentes Covid-19, que não estejam internados e que tenham a doença há menos de 10 dias. Este tratamento reduz o risco de doença grave, internamento e morte.

Desde agosto que o medicamento também está autorizado em pessoas não vacinadas ou com o sistema imunitário comprometido que tenha estado em contacto com pessoas infetadas como medida de prevenir a doença ou, pelo menos, a doença grave nestas pessoas, mas o tratamento deve ser feito até quatro dias depois do contacto com a pessoa infetada.

Cocktail de anticorpos pode ajudar na prevenção das infeções dentro de casa

O que a farmacêutica agora pretende é autorização para a administração mensal de injeções de anticorpos às pessoas que não são capazes de produzir anticorpos contra o SARS-CoV-2 mesmo depois de vacinadas porque têm sistemas imunitários debilitados. Com anticorpos sempre em circulação, o risco de adoecerem com Covid-19 seria menor.

A AstraZeneca tem em curso um ensaio clínico com um cocktail de anticorpos monoclonais que, segundo a farmacêutica, pode conferir 12 meses de proteção contra a doença Covid-19 grave e morte.