“O médico que só sabe Medicina, nem de Medicina sabe” – Abel Salazar

A frase do médico português tem inspirado o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto, e volta, mais uma vez, a ser aplicada. A partir deste ano letivo, os alunos do Mestrado Integrado em Medicina vão poder ter aulas de poesia e música, com a criação de duas novas unidades curriculares opcionais. O objetivo é ir além do conteúdo científico e técnico inerente ao curso de Medicina e dar aos estudantes a possibilidade de desenvolverem mais ferramentas e capacidades sociais, criativas e humanistas que podem ajudar os futuros médicos na sua relação com os doentes.

“Não nos interessa formar apenas pessoas tecnicamente muito competentes. Interessa-nos formar pessoas que sejam competentes — porque têm de tratar de doentes e estar atentas às necessidades de saúde –, mas que sejam também competentes noutras áreas e que tenham áreas do conhecimento que lhes abram a expectativa para outros ramos”, explica ao Observador Henrique Cyrne de Carvalho, diretor do ICBAS, acrescentando que as duas novas unidades curriculares que vão começar a ser lecionadas este mês são parte de um plano delineado para “criar um modelo formativo que ultrapasse apenas aquilo que é o conhecimento técnico do curso” e que pretende continuar no futuro.

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