A Pfizer/BioNTech anunciou esta segunda-feira que a sua vacina é “segura”, “bem tolerada” e gerou uma resposta imunitária “robusta” em crianças entre os 5 e 11 anos. A farmacêutica procura agora autorização para administrar a vacina nesta faixa etária.

As empresas anunciaram que levaram a cabo um ensaio clínico num regime de duas doses de 10 microgramas, que é um terço da dosagem de adolescentes e adultos, administradas com três semanas de diferença.

As doses administradas foram bem toleradas e produziram uma resposta imunitária e efeitos secundários — fadiga, dores musculares, febre ou dores de cabeça — comparáveis aos observados num estudo realizado com pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 25 anos, revelaram as empresas farmacêuticas.

Os resultados obtidos serão agora submetidos à Food and Drug Administration (FDA), Agência Europeia do Medicamento (EMA) e outros reguladores de saúde “o mais rapidamente possível” para aprovação da respetiva administração.

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“Temos o prazer de poder apresentar dados às autoridades reguladoras para este grupo de crianças em idade escolar antes do início da época de inverno”, disse Ugur Sahin, CEO e co-fundador da BioNTech, num comunicado conjunto com a Pfizer. “O perfil de segurança e os dados de imunogenicidade em crianças dos 5 aos 11 anos vacinadas numa dose inferior são consistentes com os que observámos com a nossa vacina em outras populações mais velhas numa dose mais elevada”.

Albert Bourla, CEO da Pfizer, afirmou que estão “ansiosos” por “estender a proteção proporcionada pela vacina a esta população mais jovem”, uma vez que acompanham de perto a propagação da variante Delta e “a ameaça substancial que esta representa para as crianças”, refere ainda.

No mesmo comunicado, as empresas revelam que no quarto trimestre do ano haverá novas leituras sobre os ensaios relativos a faixas etárias de crianças entre os 2 e 5 anos e os 6 meses e 2 anos.