Devido a um misto de pandemia e falta de chips, os construtores estão a produzir menos carros do que gostariam, com os clientes a revelarem igualmente menos apetência para adquirir um novo automóvel.

Em Julho, mudaram de mão apenas 823.949 veículos, menos 23,2% do que no mesmo período do ano anterior. Se a redução a nível europeu foi importante, nos grandes mercados a queda das vendas foi ainda superior, com um recuo de 35,3% em França, 28,9% em Espanha e 24,9% na Alemanha.

Por grupos, quem mais veículos comercializou no mercado europeu em Julho foi o Grupo Volkswagen, com 227.184 unidades, uma diminuição de 20,9% face a 2020, tendo a Porsche sido a marca que mais perdeu (30,9%) e a Seat a menos prejudicada (15,9%). O segundo grupo que mais vendeu foi a Stellantis (168.738), com a Peugeot a liderar as perdas (31,6%) e a Jeep quem menos sofreu (7,9%). O Grupo Hyundai-Kia foi o 3º (79.227), com a Kia a crescer 4,4% e a Hyundai 3,8%, batendo o Grupo Renault (76.572), no qual a Renault foi a marca que perdeu mais (51,5%) e a Alpine a que mais subiu (16,3%). No ranking, aparecem de seguida os grupos BMW (-21,8%), Toyota (-1,1%), Daimler (-31,9%), além da Ford (-45,7%) e da Volvo (-32,6%).

A um mês de Julho mau, seguiu-se um Agosto não muito melhor, com as vendas na União Europeia a voltarem a tropeçar, desta vez 19,1% face ao mesmo mês de 2020, pois foram comercializados apenas 622.993 veículos. Ainda assim, Espanha com uma queda de 28,9%, Itália com 27,3% e Alemanha com 23% sofreram mais do que a média europeia.

Agosto voltou a ter o Grupo VW como líder (163.995 veículos), com uma queda de 15,9%, à frente da Stellantis (111.341, menos 29,7%), do Grupo Renault (65.975, menos 20,6%), Hyundai-Kia (62.779, menos 2,1%), seguindo-se BMW (44.139, menos 17,3%), Toyota (45.151, menos 1,7%) e Daimler (31.149, menos 40,1%).

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