A cabeça de lista do BE à Câmara de Viseu, Manuela Antunes, defendeu esta terça-feira que o concelho deve ter mais oferta de habitação pública e criticou a forma como trabalha a empresa municipal Habisolvis.

Ao intervir durante um comício no Rossio, onde esteve a coordenadora do BE, Manuela Antunes disse que “é uma vergonha que o concelho de Viseu não tenha um por cento sequer de oferta pública de habitação”.

“Não queremos assumidamente a empresa municipal Habisolvis, que não faz um trabalho sério e transparente na atribuição das casas de habitação social”, frisou.

A candidata bloquista afirmou que as pessoas “merecem respeito e dignidade” e referiu-se especificamente à comunidade cigana, que tem aberto as portas aos elementos do BE para que vejam “realmente como vivem”.

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A Habisolvis é a empresa responsável pela gestão social, patrimonial e financeira dos empreendimentos e fogos de habitação social do município de Viseu, que é liderado pelo PSD.

Manuela Antunes disse também que BE quer “garantir o direito à habitação, reabilitando o edificado público subaproveitado ou devoluto e a recuperação de edificado privado de proprietários sem recursos”.

Só desta forma considera que se conseguem “soluções de habitação que regulem o mercado e baixem os preços” praticados atualmente.

Durante o seu discurso, a candidata defendeu ainda a criação de residências públicas de estudantes, de uma rede pública de berçário, creches e lares, o aumento dos apoios sociais “para contrariar todas as consequências da pandemia” de covid-19 e a promoção da “autonomia das pessoas mais velhas”.

Manuela Antunes é a única mulher a disputar a presidência da Câmara de Viseu. Terá de defrontar Fernando Ruas (PSD), João Azevedo (PS), Nuno Correia da Silva (CDS-PP), Francisco Almeida (CDU), Pedro Calheiros (Chega), Fernando Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Diogo Chiquelho (PAN).