A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à presidência da Câmara Municipal da Amadora, Deolinda Martin, defendeu esta segunda-feira a criação de um transporte público, “faseadamente gratuito”, que assegure a ligação entre todas as freguesias do concelho.

Acompanhada pelo antigo deputado parlamentar Luís Fazenda, Deolinda Martin visitou esta tarde alguns estabelecimentos na urbanização de Alfornelos, na freguesia da Encosta do Sol.

O pequeno périplo serviu para distribuir ‘flyers’ com a apresentação dos candidatos aos órgãos autárquicos e para fazer os últimos apelos ao voto, numa altura em que se entra nos últimos dias de campanha.

No final da visita, em declarações à agência Lusa, a candidata bloquista referiu que o tema dos transportes e da mobilidade se assume como “um dos mais importantes para o concelho da Amadora”, no distrito de Lisboa.

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Esta é uma cidade pensada como satélite de Lisboa. Hoje já não é tão verdade assim. Já tem emprego próprio e, portanto, a resposta de transporte tem de se adequar a estas alterações de modo de vida”, defendeu.

A título exemplificativo, a cabeça de lista do BE referiu que em freguesias como a da Mina de Água ou em zonas como A-da-Beja e Alfragide é necessário apanhar três transportes para chegar ao centro da cidade.

“Aquilo que nós pensamos é que terá de haver um transporte municipal, que circule entre freguesias e que faça a ligação das freguesias entre si”, apontou.

Além de passarem a ser mais frequentes e a funcionar com horário alargado, Deolinda Martin defende o serviço seja “faseadamente gratuito”, começando já essa gratuitidade a ser aplicada aos desempregados, estudantes até aos 18 anos e pessoas acima dos 65 anos.

A alteração para um transporte de qualidade ajuda ao combate contra as alterações climáticas e faz a descarbonização da cidade“, argumentou.

A candidata do BE defendeu ainda a necessidade de a linha do Metropolitano de Lisboa que serve o concelho da Amadora (Linha Azul) chegar também ao Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra).

“Ninguém entende que o metro tenha parado na Reboleira. Bastava um bocadinho mais e estaria a servir o hospital. Ninguém entende porque ficou ali”, lamentou.

Além de Deolinda Martin, concorrem à presidência da Câmara Municipal da Amadora a atual presidente, Carla Tavares (PS), Suzana Garcia (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PDR), António Borges (CDU), José Dias (Chega), Carlos Macedo (PAN), Gil Garcia (MAS), Nuno Ataíde (IL) e Henrique Tigo (PPM/RIR).

O atual executivo é formado por sete eleitos do PS, dois da coligação Amadora Mais (PSD/CDS-PP), um da CDU (PCP/PEV) e um do BE.

As eleições decorrem no próximo domingo.