O cabeça de lista do CDS-PP à Câmara da Figueira da Foz, Miguel Mattos Chaves, defendeu esta terça-feira um plano estratégico para atrair turistas todo o ano ao concelho e não apenas nos dois meses de verão.

Na segunda semana de campanha para as eleições autárquicas de domingo, Miguel Mattos Chaves considerou, em declarações à agência Lusa, que os segmentos de procura de praia, arquitetura e urbanismo, serras, salinas e lagoas, jardins e praças e no casino “não estão devidamente explorados e têm potencial, o que torna a Figueira num destino apetecível”.

“Além dos festivais internacionais de música, hipismo, cinema, a Figueira da Foz, com estes segmentos de procura, pode viver todo o ano e não apenas dois meses, o que ajuda ao desenvolvimento da cidade e das freguesias”, afirmou.

Se for eleito, o cabeça de lista do CDS-PP promete, “nos primeiros três anos de mandato levar à prática o plano estratégico e resultados visíveis [dele] num horizonte de quatro ou cinco anos”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Com o objetivo de trazer turistas todo o ano, além dos cinco segmentos de procura que identificou, defendeu que se deve explorar o turismo de congressos e o turismo sénior.

Para promover o concelho a nível nacional e internacional, Mattos Chaves quer o município e as empresas do concelho representadas “em feiras internacionais”, para que possam “falar com agentes turísticos e trazer turistas”.

Isso custa tostões face ao que tem sido mal gasto e isso surte resultados ao fim de três anos“, sublinhou.

No segmento de arquitetura e urbanismo, o candidato centrista defendeu que o ‘Bairro Novo’ da cidade “devia ser classificado”, uma vez que “há muita fachada a ser destruída com opções que em nada têm a ver com a arquitetura característica” desta área, dando o exemplo do que aconteceu com o casino.

Quanto aos jardins e praças, com o Parque das Abadias, “não há esplanadas para as pessoas conviverem e terem animação”.

Em relação à praia, disse que é importante concretizar os planos para o aproveitamento do areal, depois de a extensão do pontão norte, prolongar o areal de 500 para 950 metros, o que obriga os cidadãos a percorrer quase um quilómetro a pé para ir à praia.

A pensar no turismo, defendeu que as salinas da Morraceira devem ser requalificadas para atrair turistas, à semelhança das salinas de Rio Maior, e que as lagoas devem vir a ser dinamizadas, podendo servir para desportos náuticos.

Às eleições autárquicas de domingo, na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, concorrem Bernardo Reis (CDU), Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), Pedro Santana Lopes (Figueira a Primeira) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.

O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD.