O cabeça de lista do CDS-PP à Câmara de Viseu, Nuno Correia da Silva, defendeu esta terça-feira que deve ser criado um novo mercado municipal e não andar “a por remendos em calças velhas”, como, diz, pretende o atual executivo.

Em abril, a presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo (PSD), anunciou que os lojistas e os produtores locais do mercado municipal vão ficar durante alguns anos provisoriamente instalados numa estrutura a criar no parque de estacionamento junto ao edifício da Segurança Social, enquanto o espaço atual do mercado é requalificado.

“Acho que estamos a por remendos em calças velhas. Aquela não é uma solução, é um adiar de solução e as pessoas, os comerciantes, não podem ser cobaias e não podem andar a comprovar ideias sem que elas tenham qualquer sustento”, afirmou Nuno Correia da Silva à agência Lusa.

Segundo o candidato do CDS-PP, esta terça-feira abe-se que “um mercado está muito dependente da facilidade de estacionamento” e, por isso, “o que é preciso é fazer um espaço integrado” que permita às pessoas irem de carro ou de transportes públicos, para que “a experiência de ir ao mercado seja fácil e enriquecedora”.

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“Hoje [esta terça-feira] é ao contrário. A experiência de ir ao mercado é confusão, é ter filas para entrar no parque estacionamento, os lugares nunca chegam e as pessoas queixam-se muito”, lamentou.

Na sua opinião, “um mercado novo é fundamental, porque é no mercado que os pequenos podem crescer”.

“Esta é a gente que precisa da política, aqueles que sozinhos não podem ter um estabelecimento. É obrigação do município oferecer-lhe um espaço para venderem os produtos”, considerou.

Nuno Correia da Silva disse que também o recinto da feira semanal, que esta terça-feira visitou, não oferece as condições necessárias aos feirantes.

“Não faz sentido que as pessoas tenham todas as terças-feiras que montar e desmontar bancas. Devia haver espaços dedicados, casas de banho e cafés de apoio, um conjunto de infraestruturas que são o reconhecimento do município ao valor para a economia que estas pessoas aportam”, defendeu, acrescentando que a localização se devia manter.

Durante a visita à feira semanal, o candidato do CDS-PP ouviu queixas sobre as vendas e distribuiu panfletos e lápis com uma borracha numa das pontas.

“Esta ponta aqui é para escrever o que o CDS diz e esta para apagar o que os outros [partidos] dizem”, ia sugerindo o candidato.

São também candidatos às eleições de domingo Fernando Ruas (PSD), João Azevedo (PS), Francisco Almeida (CDU), Manuela Antunes (BE), Pedro Calheiros (Chega), Fernando Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Diogo Chiquelho (PAN).