O bloquista José Manuel Pureza respondeu esta terça-feira a Rui Rio que a metralhadora HK21 foi o antigo Governo do PSD/CDS, que “dizimou o interior” com as suas rajadas, apoiado na troika e no antigo Presidente da República Cavaco Silva.

No comício autárquico em Viseu, José Manuel Pureza usou contra Rui Rio a imagem da metralhadora HK21, a que o social-democrata tinha recorrido no dia anterior para criticar António Costa, recordando que o líder do PSD “trouxe para a campanha eleitoral o seu conhecimento do mundo das armas”.

O deputado do BE puxou da ironia e reproduziu “com todo o rigor” toda a declaração de Rio — “uma frase muito interessante, muito bem trabalhada, muito rica” —, saltando apenas a parte da onomatopeia que reproduz o som que faz a dita metralhadora, cingindo-se apenas a um “ta”.

“Aquilo lembrou-me a imagem que eu tinha do Governo do PSD relativamente ao interior. O Governo do PSD e do CDS, relativamente ao interior, foi uma verdadeira HK21, disparando contra todas as condições de vida no interior”, acusou.

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Pureza prosseguiu a sua comparação, usando muitas das expressões de Rio.

“O Governo carregava a fita e lá vai rajada sobre os hospitais e sobre os centros de saúde no interior. O Governo recarregava a fita e lá vai rajada sobre os tribunais no interior. O Governo voltava a carregar a fita e lá vai rajada sobre as escolas públicas”, criticou.

Para o dirigente do BE, e ainda no campo da ironia, o líder do PSD “tem razão”.

“Esse Governo, que era uma HK21 contra o interior, tinha dois pés. Esses dois pés eram de um lado a troika e do outro lado o Presidente da República de então, Cavaco Silva”, disse.

A troika e Cavaco Silva, acrescentou Pureza, “sustentavam essa metralhadora que dizimou o interior”.

No sábado, no primeiro almoço comício da campanha, na Maia, Rio avisou a plateia que nem todos perceberiam os termos técnicos que iria utilizar.

“O que é uma bazuca? Uma bazuca dispara tiro a tiro e o dr. António Costa dispara de rajada, não é uma bazuca, é uma metralhadora”, apontou, em tom bem-disposto, entre risos e aplausos dos apoiantes.

Mas, continuou, nem sequer se trata de uma metralhadora G3, mas de uma HK21.

“Eu aprendi na tropa e disparei com a HK21, é que a HK21 tem uma fita, e aquilo carrega-se, tem dois pés à frente, e aquilo dispara que nunca mais para, tatatatatatata”, disse, simulando o som dos tiros.