O cabeça de lista do Partido da Terra (MPT) à Câmara de Castelo Branco, Rui Amaro Alves, considerou esta segunda-feira que a recente atribuição de apoios do município a associações locais visou a “obtenção de resultados eleitorais” e defendeu a necessidade de instituir critérios.

“Os albicastrenses sabem também que o que foi feito foi única e exclusivamente para obtenção de resultados eleitorais”, afirmou.

Em declarações à Agência Lusa, Rui Amaro Alves apontou os montantes que foram distribuídos entre junho e agosto e que ultrapassarão o montante global de 2,6 milhões de euros, segundo noticiou na quinta-feira o jornal Público.

A informação daquele diário dá conta de que a autarquia atribuiu, só no mês de agosto, subsídios no valor de um milhão de euros, referindo ainda que algumas das associações beneficiárias têm como dirigentes elementos que integram a lista do Sempre – Movimento Independente à Câmara de Castelo Branco, cuja candidatura à Câmara é liderada por Luís Correia.

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Para Rui Amaro Alves existiu “uma tentativa de agarrar as lideranças das associações”, no sentido de o “voto ser orientado para aquele movimento”, até porque, diz, o atual presidente da Câmara, José Augusto Alves, e os vereadores da maioria estão alinhados com o Sempre.

O candidato salientou que é a favor da atribuição de apoios às instituições e até vincou que algumas “necessitam muito”, principalmente no período pós-covid, mas reiterou que é necessário criar “um conjunto de critérios” e definir “prioridades claras” para ir ao “encontro dos problemas” com “maior justiça”.

Explicando que na última semana visitou cerca de duas dezenas de instituições de fins diversos, Rui Amaro Alves diz que verificou que “existem muitas injustiças” na forma como estas são financiadas.

“As associações queixam-se que há desnível: associações com a mesma dimensão recebem valores diferentes, associações diferentes recebem valores iguais e, portanto, as associações neste momento estão extremamente confusas”, acrescentou.

Segundo garantiu, se for eleito irá rever o regulamento em vigor e definir critérios gerais de apoio, bem como a contratação de serviços e resultados alcançados.

Em Castelo Branco, nas eleições de 2017, o PS conquistou cinco mandatos, enquanto o PSD elegeu dois vereadores.

Na corrida à presidência da autarquia estão Leopoldo Rodrigues (PS), João Belém (PSD/CDS/PPM), Rui Paulo Sousa (Chega), Luís Correia (MI – Sempre – Movimento Independente), Rui Amaro Alves (MPT – Partido da Terra), Felicidade Alves (CDU) e Margarida Paredes (BE).