O ala Bruno Coelho afirmou esta quarta-feira que o valor demonstrado dentro de campo é que ditará o favoritismo na partida entre a seleção portuguesa e a Sérvia, nos oitavos de final do Mundial de futsal.

“A partir desta fase, todas as seleções têm a sua metade de favoritismo. Não podemos dar favoritismo a Portugal sem primeiro mostrarmos o nosso valor dentro de campo. Isso é o mais importante e é para isso que temos estado a trabalhar”, disse o jogador, em antevisão ao embate de sexta-feira, na Zalgirio Arena, na cidade lituana de Kaunas.

Num adversário que conta com atletas bem conhecidos, entre os quais o guarda-redes Miodrag Aksentijevic, colega de equipa de Bruno Coelho — e também de Ricardinho — nos franceses do ACCS Paris, na última temporada, o agora jogador dos italianos do FF Napoli frisou que os elementos lusos têm de “ser cautelosos e preparar bem o jogo”.

“A Sérvia defende muito bem, tem jogadores muito competitivos, que jogam em várias equipas da Europa, e contra-atacam muito bem. Temos de estar preparados e focados nisso. Temos de trabalhar e dar o máximo de nós para conseguir a vitória”, analisou.

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Bruno Coelho, de 34 anos, alertou para a determinação que os sérvios apresentam, lembrando que Portugal necessitará de suplantar essa “determinação e vontade de vencer”, de forma a seguir em frente e cumprir com os objetivos a que se propuseram.

“O que queremos é ganhar. Se será nos 40 minutos ou depois, no prolongamento ou nos penáltis, não saberemos. Sabemos é que trabalhamos para ganhar e é isso que levamos para o jogo e queremos do jogo. Entramos para conseguir a vitória”, vincou.

Sem notar muitas diferenças nas duas seleções desde os últimos confrontos diretos, datados de 2018, em dois particulares — triunfos por 3-2 e 3-1 -, e de 2016, no play-off de acesso à anterior edição do Mundial — duas vitórias por 2-1 -, Bruno Coelho falou da importância da gestão emocional num grupo com experiência e juventude.

“É importante termos uma boa gestão emocional. Agora é aquela fase em que, ao mínimo deslize, podemos estar fora. Controlar as emoções e sensações é importante, mesmo quando estivermos a ganhar ou num jogo controlado a nosso favor. Senão, fica mais difícil para nós”, explicou o internacional em 126 jogos, com 42 golos apontados.

Para Bruno Coelho, “quem errar menos, estiver mais concentrado e acertar mais, vai colher mais frutos” na competição, na qual já apontou dois tentos cruciais, um a dar o empate frente à Tailândia, que originou depois a reviravolta, e outro a recolocar Portugal em vantagem contra Marrocos, dando mais conforto para gerir o resultado.

“Felizmente, foram dois golos que deram o ‘mote’ para conseguirmos ter um jogo mais equilibrado e concentrado, mas o mais importante é, e sempre será, a equipa e o que trabalhamos e preparamos para o jogo”, realçou o lisboeta.

O encontro entre Portugal e a Sérvia, a contar para os oitavos de final do Mundial de futsal, está agendado para sexta-feira, às 20h (18h em Lisboa), na Zalgirio Arena, em Kaunas. O vencedor defrontará, nos ‘quartos’, a Espanha ou a República Checa.