Não foram só Nani, Tiago e Manuel Fernandes os atletas que foram usados na burla a Cristiano Ronaldo. Também Simão Sabrosa, Costinha e Custódio eram clientes da funcionária da Geostar que foi condenada por fraude. Sem saberem, estes futebolistas transferiram o valor de 35 viagens para a conta pessoal da arguida (que depois usava um cartão do capitão da seleção portuguesa para saldar os pagamentos à empresa).

Segundo o Jornal de Notícias, terão sido perto de 57 mil euros que, entre 2008 e 2010, os futebolistas transferiram para Maria Silva, ex-funcionária da agência de viagens Geostar que que trabalhava em exclusivo para clientes VIP, no escritório do Porto da empresa de Jorge Mendes, a Gestifute.

Na altura a jogar no Atlético de Madrid, Simão Sabrosa terá transferido, em novembro de 2009, cerca de 3.900 euros para a conta pessoal de Maria Silva. Por comodidade, Cristiano Ronaldo tinha fornecido a Maria Silva um cartão de crédito e os respetivos códigos. E era esse cartão que a funcionária usava para pagar as viagens dos vários atletas envolvidos, cujo dinheiro tinha, na realidade, ido para contas controladas por Maria Silva.

Costinha pagou 22.439 euros a Maria Silva, por 20 viagens, na altura em que o atual treinador de futebol jogava no Atalanta, em Itália. Já Custódio, que jogou em vários clubes incluindo o Sporting e o Dínamo de Moscovo, pagou nove viagens (11.655 euros) a Maria Silva, acreditando estar a pagar à empresa Geostar.

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A funcionária hoje trabalha como empregada de limpeza e está a reembolsar, em prestações mensais, aquilo que tirou à empresa. A Geostar reembolsou totalmente Cristiano Ronaldo, a quem foram cobradas cerca de 200 deslocações e estadias que ele nunca fez. A arguida foi condenada em 2017 a quatro anos de cadeia, com pena suspensa, pelo Tribunal do Porto.

Cristiano Ronaldo lesado em mais de 280 mil euros por agente de viagens, mas foi reembolsado