Agentes da Patrulha de Fronteira dos EUA dispersaram agressivamente migrantes haitianos que se reuniam na cidade Del Rio, no Texas, na fronteira com o México. Gritaram, chicotearam, agrediram, e utilizaram os cavalos como arma contra este grupo de pessoas.

Vídeos feitos e partilhados pela Reuters mostram os polícias, a cavalo, a utilizar táticas agressivas ao confrontar os migrantes para impedir que eles entrassem nos Estados Unidos. Algumas pessoas foram cercadas para não poderem sair da água, outras foram chicoteadas para recuarem e é também possível ver uma criança a ser atingida por um cavalo.

A vice-presidente norte-americana Kamala Harris já condenou o sucedido. “As imagens que vi daqueles indivíduos a cavalo, a tratar seres humanos daquela forma, foram horríveis. Apoio totalmente uma investigação completa sobre o que está exatamente a acontecer na zona.”

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Citada pela CNN, Kamala acrescentou que “ninguém deve ser tratado desta maneira”, que está profundamente preocupada com o que possa vir a suceder se a zona não for controlada e que já falou com o secretário do Departamento de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas sobre o caso.

Este último diz também ter ficado horrorizado com o que viu. “Vou deixar a investigação seguir o seu curso. Mas as imagens que observei perturbaram-me profundamente. Desafiam todos os valores que procuramos incutir no nosso povo.”

“Não toleramos, nem toleraremos nenhum maltrato a nenhum migrante. As ações que estamos a tomar são rápidas e fortes e tomaremos outras medidas conforme os factos aduzidos na investigação assim o exigirem”, acrescentou.

Este grupo de migrantes está instalado num local temporário sob a Ponte Internacional Del Rio, no Texas, enquanto aguardam por ser encaminhados ​​pelas autoridades de imigração dos EUA. São cerca de 15.000 e dormem na terra, cercados por crescentes pilhas de lixo e sem muita comida e água.

Quanto a isto, Mayorkas afirmou que as autoridades dos EUA “já realojaram cerca de 4.000 migrantes que se encontravam debaixo desta ponte”, e acrescentou que estão a tentar realojar mais pessoas “o mais rapidamente possível para outros centros de processamento” para que possam garantir a sua segurança e proteção, bem como a segurança da comunidade.