A União Europeia (UE) e os Estados Unidos estabeleceram esta quarta-feira uma nova parceria para atingir uma taxa global de vacinação anticovid-19 de 70% até setembro de 2022, aquando da Assembleia Geral das Nações Unidas do próximo ano.

“A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciaram uma nova parceria UE-EUA para ajudar a vacinar o mundo”, indica o executivo comunitário em comunicado.

Na parceria firmada no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque e na qual participam os dois responsáveis, fixou-se então o “objetivo de atingir uma taxa de vacinação global de 70% até à UNGA de 2022 [em setembro do próximo ano]”, assinala a instituição.

Denominada Parceria Global de Vacinação UE-EUA, a iniciativa “ajudará a expandir a oferta, a melhorar a coordenação na entrega e a remover estrangulamentos nas cadeias de abastecimento”.

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Numa posição conjunta divulgada esta quarta-feira, Ursula von der Leyen e Joe Biden vincam que “a vacinação é a resposta mais eficaz à pandemia” e, “sendo os Estados Unidos e a Europa líderes tecnológicos em plataformas avançadas de vacinação, tendo em conta décadas de investimentos em investigação e desenvolvimento”, é “vital prosseguir agressivamente uma agenda para vacinar o mundo”.

A liderança coordenada dos EUA e da UE ajudará a expandir a oferta, a fornecer de uma forma mais coordenada e eficiente e a gerir os constrangimentos às cadeias de abastecimento, [o que] mostrará a força de uma parceria transatlântica em facilitar a vacinação global, permitindo ao mesmo tempo mais progressos através de iniciativas multilaterais e regionais”, salientam os líderes.

Um dos compromissos no âmbito desta parceria é, desde logo, a partilha de vacinas com países de baixo e médio rendimento, comprometendo-se a UE a doar mais de 500 milhões de doses e os Estados Unidos a disponibilizar mais de 1,1 mil milhões de doses através do mecanismo de acesso global Covax.

Outra das metas é assegurar “prontidão” na disponibilização das vacinas, com Bruxelas e Washington a acordarem apoiar e coordenar a entrega de vacinas, logística e programas de imunização.

UE e Estados Unidos comprometem-se, ainda, a apostar no fabrico e distribuição de vacinas e terapêuticas e a superar os desafios da cadeia de abastecimento.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.705.691 mortes em todo o mundo, entre mais de 229,48 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.933 pessoas e foram contabilizados 1.063.991 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.