O cabeça de lista do Chega à Câmara de Coimbra, Miguel Ângelo Marques, afirmou esta quarta-feira que é contra mais habitação pública no concelho, apontando para o apoio à constituição de cooperativas de habitação como alternativa.

“Não faz sentido [construir-se mais habitação pública]. A economia tem que funcionar. Existe demasiada habitação pública e oferta neste momento”, disse à agência Lusa o candidato, que falava à margem da sua ação de campanha, em Santa Clara.

Para o cabeça de lista do Chega, a autarquia deve manter e reabilitar a habitação que tem de momento, mas não deve aumentar a sua oferta.

“Se houver [mais habitação pública], as pessoas vão continuar a colar-se aos apoios. Esse não é o caminho. O caminho é orientar as pessoas que, por algum motivo, por alguma infelicidade na vida, algo lhes correu mal e dar-lhes oportunidade durante dois, três, cinco anos no máximo se reabilitarem com infraestruturas da Câmara”, afirmou.

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Segundo o candidato, caso se aumente a oferta de habitação pública “vai aparecer muito mais gente a querer”.

“Depois acontece que todas as pessoas começam a pedir RSI [Rendimento Social de Inserção] e isso vai traduzir-se num maior aperto financeiro para a Câmara ou para os munícipes”, disse Miguel Ângelo Marques, apesar de o RSI ser um encargo da administração central e não do poder político local.

A solução do Chega para facultar habitação a custos acessíveis passa por apoiar cooperativas de habitação, como já houve no passado em Coimbra, apontando para os exemplos da cooperativa Mondego ou Habijovem.

Nesse sentido, pretende que o município se envolva na criação de cooperativas de habitação.

“Essa parceria acho que é mais fácil, mais eficaz, mais rápida e mais justa”, afirmou.

Os candidatos à Câmara de Coimbra são o atual presidente do município, Manuel Machado (PS), José Manuel Silva (coligação Juntos Somos Coimbra — PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR /Aliança), Francisco Queirós (CDU), Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra), Miguel Ângelo Marques (Chega), Filipe Reis (PAN), Inês Tafula (coligação Coimbra é Capital – PDR/MPT) e Tiago Meireles Ribeiro (Iniciativa Liberal).