O candidato do Ergue-te à Câmara do Porto afirmou esta quinta-feira serem necessárias “linhas transversais” do metro na cidade para, em articulação com a rede de transportes públicos rodoviários, abranger “toda a população” e incentivar a sua utilização.

“Concentraram-se todas as linhas numa mesma via quando o objetivo do metropolitano, seja à superfície, seja subterrâneo, é ir ao encontro dos grandes aglomerados populacionais”, afirmou esta quinta-feira Bruno Rebelo, cabeça de lista do Ergue-te à Câmara do Porto nas eleições autárquicas de domingo.

O candidato, que esta tarde iniciou a sua arruada na estação da Trindade, disse, em declarações à Lusa, ser necessário construir na rede de metro da cidade “linhas transversais de oriente para a ocidente”.

“Deviam ter sido há mais tempo desenvolvidas linhas transversais em toda a cidade para chegar onde há mais população”, defendeu Bruno Rebelo, lembrando que o metro “já existe há 20 anos” e que esse propósito “ainda não foi cumprido”.

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Questionado sobre as intervenções que estão a ser realizadas pela Metro do Porto (Linha Rosa e Linha Amarela), o candidato disse não serem “suficientes”, propondo que se devia ir “um pouco mais além”.

“Porque não ter sido feita já uma linha transversal a toda a cidade de oriente para ocidente ligando os vários núcleos urbanos?”, questionou.

Para Bruno Rebelo, a criação de “linhas transversais” de metropolitano deveria ser complementada por transportes públicos rodoviários, nomeadamente, pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).

“Temos de ver a rede de transportes públicos de modo a que chegue a toda a gente e não estar só concentrada no centro, porque depois o que vemos são muitos autocarros a passar uns atrás dos outros, enquanto temos zonas da cidade que não são abrangidas”, afirmou.

Em matéria de mobilidade, o candidato disse ainda não concordar com alguns partidos de esquerda quanto à proibição dos automóveis nas cidades, considerando que esta escolha “não deve ser condicionada”.

“Temos que oferecer um serviço de transporte público que leve a pessoa a preferir o transporte público ao individual, mas não condicionar a sua escolha”, acrescentou.

Aliviar o congestionamento na cidade através da retirada das viaturas pesadas do Porto e da dinamização dos parquímetros foram outras das soluções apontadas por Bruno Rebelo, que a três dias das eleições autárquicas disse estar “muito confiante”.

“Estamos confiantes de que vamos ter um resultado melhor do que há quatro anos. Não vamos em sondagens ou estatísticas. Valem o que valem, são encomendadas pelo sistema e refletem aquilo que o sistema quer demonstrar numa forma de manipular a opinião dos cidadãos e o nosso grande objetivo não é conquistar o típico eleitor, mas quem não vota”, disse.

Concorrem à presidência da Câmara do Porto nas eleições autárquicas de domingo Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” — apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).