O candidato do PDR à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Bruno Fialho, defendeu esta quinta-feira a necessidade de “voltar a chamar aos bairros de Lisboa a classe média”, de maneira a estimular a economia local.

“Deixámos de ter pessoas que contribuem para o comércio local, para haver mais escolas, creches, etc., porque a classe média, que é quem é a base da economia, está a ser expulsa do centro da cidade”, alertou Bruno Fialho, em declarações à Lusa, no final de uma reunião na Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

Para o candidato do PDR, é preciso “voltar a chamar aos bairros de Lisboa essa classe média, para se conseguir ter maior consumo, maior economia, diversidade de estabelecimentos comerciais, de ensino, etc”.

Na reunião, segundo o candidato, foram discutidas algumas medidas que seria necessário implementar tendo em conta esse objetivo, entre as quais “o apoio aos colégios privados”.

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“Uma pessoa que já paga ao Orçamento do Estado a Escola Pública, merece, pelo menos, ter um cheque de ensino ou um apoio no IRS dos colégios privados que paga, porque, senão, paga duas vezes”, referiu, acrescentando que “não é uma questão de opção porque, muitas vezes, estas famílias numerosas são obrigadas a optar por um colégio privado”.

O candidato do PDR quer também ver “considerada e aplicada nos impostos” a proporcionalidade do per capita por habitação.

“Por exemplo, é evidente que uma pessoa que tem um filho não gasta tanta água como uma pessoa com quatro filhos, e a pessoa com quatro filhos irá pagar muito mais, porque não é proporcional à aplicação ‘per capita’ da habitação o valor a pagar pela água”, disse, recordando que, em relação ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), “também não há apoios”.

Bruno Fialho defende também a criação de um “apoio ao início de vida familiar, que também não existe”.

“Portugal necessita de um impulso enorme para que a natalidade comece a aumentar”, afirmou.

Concorrem também à presidência da Câmara de Lisboa, nas eleições de domingo, o atual presidente, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU – coligação PCP/PEV), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Nuno Graciano (Chega), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).