A plataforma MEGA já emitiu seis milhões de ”vouchers” para manuais gratuitos, dos quais 80% já foram resgatados, estando já os livros na posse dos alunos, adiantou o Ministério da Educação (ME) em comunicado.

Com o ano letivo em curso, cerca de seis milhões de ‘vouchers’ foram emitidos através da plataforma MEGA, prevendo-se que as movimentações que ainda ocorram, por parte das escolas, sejam muito residuais. A percentagem de resgates é já de cerca de 80%, o que significa que a esmagadora maioria dos encarregados de educação e/ou alunos levantaram os manuais disponibilizados gratuitamente pelo Ministério da Educação”, adiantou o ME em comunicado.

Os ”vouchers” para manuais novos são utilizados pelas famílias nas livrarias aderentes que escolherem para levantar os manuais gratuitos, enquanto aqueles que dizem respeito a manuais reutilizados são levantados nas escolas frequentadas pelos alunos.

A tutela destaca um funcionamento da plataforma Manuais Escolares Gratuitos (MEGA) de forma “cada vez mais fluida e eficaz“, permitindo fornecer manuais escolares a um universo de cerca de um milhão de alunos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As aulas arrancaram até sexta-feira da passada semana e na altura livrarias e editoras admitiam atrasos de semanas na entrega dos manuais, que podiam levar a que no início de outubro houvesse alunos ainda sem os livros.

Em declarações à Lusa, um responsável por duas livrarias em Lisboa relatava atrasos nas entregas de manuais encomendados no início de setembro, com milhares de livros por entregar, alguns dos quais esgotados, e novas encomendas ainda a entrar.

Num comunicado divulgado em agosto, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) já admitia a possibilidade de “dificuldades no abastecimento das livrarias”.

“Imprimir os livros e distribuí-los por todo o país, chegando a mais de 600 mil famílias, é um processo logístico extremamente complexo que requer mais tempo do que as editoras dispuseram este ano, o que está a causar enorme pressão em todas as estruturas e nos recursos humanos”, acrescentava o grupo Porto Editora, sublinhando a necessidade de conhecer mais cedo as necessidades de impressão de novos livros.

As livrarias queixaram-se também de um mau funcionamento da plataforma MEGA, que não disponibilizava a emissão de ”vouchers” para as diferentes disciplinas ao mesmo tempo.

O ME esclareceu na altura que a situação não é anormal e que as escolas submetem na plataforma os dados necessários conforme escolhem os livros para as diferentes disciplinas.

Entre terça-feira e sexta-feira da passada semana os cerca de 1,2 milhões de alunos do ensino obrigatório regressaram todos, oficialmente, à escola para mais um ano em ambiente pandémico e ainda apertadas regras de controlo de contágio da Covid-19, em que a prioridade será a recuperação das aprendizagens.