O candidato à presidência da Câmara de Viseu pelo Chega, Pedro Calheiros, defendeu esta sexta-feira que o último dia de campanha é dedicado ao apelo ao voto e que, independentemente do partido, exercer esse direito é ser-se democrata.

“O voto é de cada um. Se votam no Chega, se votam no IL [Iniciativa Liberal], se votam onde quer que seja, é uma opção deles, o que é preciso é votar, porque se não votarem, as pessoas não estão a ser coerentes com aquilo que acham que é intrínseco em si, que é o ser-se democrata”, considerou Pedro Calheiros.

E “ser-se democrata é votar, é no dia das urnas, no dia das eleições, ir às urnas e pôr lá o papelinho, ou os papelinhos, isso é ser democrata, de outra forma é conversa fiada”.

“As pessoas não dão conta que 50% delas se não votarem e se isso pudesse alterar o esquema ou o sistema político vigente, e dissessem: bom 53% das pessoas não votam, é porque não há democracia, vamos acabar com isto e pomos uma ditadura”, apontou.

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Se isso acontecesse, continuou, “toda a gente iria para a rua de braços no ar manifestar-se, mas de facto a manifestação por excelência da democracia é exatamente esta, é ir às urnas pôr o seu voto branco, nulo, o que quer que seja, mas irem, porem o seu voto, de outra forma não estão a ser democratas”.

No dia em que o partido está a fazer uma “passeata pelo concelho” para assinalar o último dia de campanha, Pedro Calheiros disse que tentaram “mobilizar o máximo de apoiantes, mesmo sabendo que é dia de trabalho, para uma grande caravana” com o propósito de apelar ao voto.

“O meu apelo é que, de facto, as pessoas que estão fartas e que deixaram de votar por desalento, que reconsiderem e pensem que têm de facto hoje [esta sexta-feira] outra hipótese de dar a volta às coisas, para um novo rumo ou, pelo menos, de darem a hipótese a pessoas que nunca estiveram na política de mostrarem a sua capacidade de coordenação e de trabalho”, apelou.

Pedro Calheiros, em jeito de balanço da campanha, disse à agência Lusa que “a alegria” que tem “visto nas pessoas” com quem tem falado ao longo destes dias “é altamente motivadora”, sobretudo porque o Chega tem transmitido essa imagem de alegria, de boa disposição e, se não fosse por mais nada, só por isso já valeu a pena”.

À presidência da Câmara Municipal de Viseu concorrem nestas eleições autárquicas Pedro Calheiros (Chega), Diogo Chiquelho (PAN), Fernando Figueiredo (IL), Francisco Almeida (CDU), João Azevedo (PS), Nuno Correia da Silva (CDS-PP), Fernando Ruas (PSD) e Manuela Antunes (BE).

O município é liderado por Conceição Azevedo (PSD), que assumiu a presidência após a morte de António Almeida Henriques, em abril, que liderava a Câmara desde 2013, tendo, em 2017, conquistado 51,74% dos votos (seis mandatos), e o PS 26,46% (três mandatos).