Habitação social, formação profissional e a resolução de problemas escolares são soluções apontadas pelo cabeça de lista do Chega à Câmara de Faro para apoiar as comunidades ciganas carenciadas do concelho.

Em declarações à Lusa após uma visita a três comunidades ciganas, na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, Custódio Guerreiro afirmou-se motivado em resolver os problemas destas comunidades por considerar que precisam de ser ajudadas.

“São três problemas graves: a habitação, o emprego, que eles não têm profissão, [devido à] falta de formação, e a questão das creches, infantários e escolas”, notou.

O candidato revelou-se impressionado com as condições “degradantes” em que estas comunidades vivem, com barracas onde “caiu água dentro”, sem água canalizada e onde a eletricidade é “desenrascada”, numa situação que, defendeu, tem de ser resolvida.

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Na questão residencial, indicou, a solução passa por habitação social ou cooperativas que devem ser construídas nos locais onde estas comunidades já estão e que lhes garantam condições “dignas” para viver, já que muitas vezes “é difícil” integrá-las junto de outras populações.

A formação profissional é outras das apostas do Chega, já que os membros destas comunidades se queixam de que “não têm formação”, apontou, propondo uma parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), para que possam ter uma profissão e para se tentar depois “integrá-los em algumas empresas”.

Um terceiro problema está relacionado com a frequência escolar e as relações entre as diversas populações, pelo que o cabeça de lista propôs uma mediação das situações de conflito via associações de pais, para que os encarregados de educação falem “uns com outros”.

O cabeça de lista do Chega tem como adversários na corrida à presidência da capital algarvia o ‘repetente’ Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM — que se candidata a um terceiro e último mandato), o antigo vereador socialista João Marques, Aníbal Coutinho (BE), Catarina Marques (CDU) e Elza Cunha (PAN).

Nas eleições de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 43,94% dos votos, alcançando maioria absoluta no executivo, com cinco vereadores. O PS obteve 38,06% dos votos (restantes quatro vereadores) e a CDU, com 7,38%, perdeu o vereador que tinha assegurado em 2013.

As eleições autárquicas realizam-se no domingo.