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“Foundation”. Será esta a mais ambiciosa das guerras pela galáxia?

Este artigo tem mais de 2 anos

Série de ficção científica estreia-se na Apple TV+ esta sexta-feira, 24 de setembro. Tem muitos planetas, naves espaciais e objetivos nem sempre claros. A viagem é atribulada, mas vale a pena.

Durante anos, muitos consideraram a obra de Isaac Asimov, um dos maiores autores de ficção científica, inadaptável
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Durante anos, muitos consideraram a obra de Isaac Asimov, um dos maiores autores de ficção científica, inadaptável

Durante anos, muitos consideraram a obra de Isaac Asimov, um dos maiores autores de ficção científica, inadaptável

Tudo começa com um grande nó na nossa cabeça. Até metade da temporada só se acrescentam equações complexas e problemas, como se também isso fizesse parte do grande plano de Hari Seldon (Jared Harris), o matemático que prevê o colapso do Império Galáctico em “Foundation”, a nova série da Apple TV+ que se estreia esta sexta-feira, 24 de setembro.

Se estivesse a fazer zapping na televisão e visse uma cena ao acaso, podia jurar que era um dos filmes da saga “Star Wars”. Há vários planetas, civilizações, humanos e não-humanos e uma guerra constante na Galáxia. Neste momento já devo ter alguns emails dos fãs de ficção científica a dizer que estou cega, que não percebo nada disto, que esta produção se baseia nos livros de Isaac Asimov. Isso eu sei, mas a comparação fácil só pretende demonstrar que “Foundation” vai agradar a quem adora “Star Wars”, “The Mandalorian” e por aí fora.

Quem não está familiarizado com a obra de Asimov, publicada nos anos 50, vai ter que prestar muita atenção no início — se calhar até escrever umas notas num bloco para não se perder nos conceitos, hierarquias, povos e até dialetos. Estamos num futuro distante com uma guerra, prevista nos cálculos de Seldon, que pode durar 30 mil anos. A não ser que se cumpra um plano idealizado pelo matemático. O Império não quer e manda-o para o exílio — mas tudo isso já fazia parte do plano de Hari Seldon. Estão a acompanhar? É mais fácil perceber a ver — os dois primeiros episódios ficam disponíveis na estreia — do que a ler este resumo mas, devo confessar, que estava com grandes expetativas e a série não me agarrou facilmente.

[o trailer de “Foundation”:]

Sim, é tudo megalómano, espalhafatoso e surpreendente, mas há muita (demasiada?) coisa a acontecer ao mesmo tempo. No entanto, a narrativa começa depois a ganhar ritmo ao mesmo tempo que vai consolidando personagens e os seus respetivos objetivos. Exilado em Terminus, um grupo tem pela frente o desafio de salvar a humanidade e construir uma civilização praticamente do zero.

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Além da história geral, adaptada das obras de Isaac Azimov, há conceitos novos em relação aos livros, como a dinastia genética que domina o Império. São três clones do mesmo homem, que vivem ao mesmo tempo, mas com idades diferentes. Confuso? É. E é preciso tempo para nos adaptarmos a estas noções. Mas, assim que “Foundation” começa a resolver os tais nós, tudo se torna mais interessante e surpreendente.

Na década de 80, foram publicados outros quatro livros, duas prequelas e duas sequelas. Isaac Asimov morreu em 1992 mas desde então outros autores têm continuado a explorar o mesmo universo, com a autorização de quem gere o património do escritor. Portanto, estamos perante material que nunca mais acaba. E na verdade, muitos foram os que ao longo dos anos consideraram Foundation impossível de adaptar para o ecrã, grande, pequeno, fosse qual fosse o tamanho.

David S. Goyer, o criador da série, sabe exatamente o que quer aproveitar. Tem na cabeça o final e prevê 80 capítulos no total. Aliás, foi logo essa a ideia que apresentou à Apple, uma série com oito temporadas. A primeira está dividida em dez partes.

Estamos perante uma produção de ficção científica, com todos os elementos fantásticos que isso implica. Há batalhas e confrontos que merecem ser vistos num ecrã grande e com o volume alto

À semelhança de “Star Wars”, há histórias de amor entre casais, mas elas são secundárias. É mais importante a ligação entre um mentor (neste caso, Seldon) e uma aprendiz (aqui Gaal Dornick, interpretada por Lou Llobell), entre um líder e os seus fiéis seguidores, a salvação da humanidade e a continuidade ou não do Império. As figuras femininas também são extremamente poderosas e essenciais para a narrativa. E, claro, estamos perante uma produção de ficção científica, com todos os elementos fantásticos que isso implica. Há batalhas e confrontos que merecem ser vistos num ecrã grande e com o volume alto.

Fazer “Foundation” era um sonho que David S. Goyer (argumentista de “O Cavaleiro das Trevas” e “Cidade Misteriosa”) tinha há muito. Quando fez 13 anos, o pai, com quem não tinha uma relação muito próxima, ofereceu-lhe os livros de Asimov e assim se abriram as portas da ficção científica e deste universo do qual começou a desenvolver uma visão muito clara.

Da cabeça de Goyer para o streaming de qualquer pessoa, “Foundation” está aí e tem claramente intenções de ser uma das séries mais faladas dos próximos meses. Tanto que o investimento foi impressionante: foram feitas audições em 17 cidades — numa delas foi descoberta Lou Llobell, que tem apenas outro papel no seu currículo —, e as gravações na Irlanda tiveram uma equipa de 500 pessoas. 50 designers desenvolveram 170 cenários, 13 modelos de naves espaciais e seis planetas. A série tem motivos para grandes ambições mas, preparem-se, o início da viagem é atribulado.

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