O selecionador português de futsal, Jorge Braz, sublinhou este domingo que os jogadores lusos têm de ser “altamente ambiciosos” no jogo dos ‘quartos’ do Mundial, frente à Espanha, que continua “a equipa mais organizada que existe”.

“Atingir objetivos e superarmo-nos depende da coragem e ambição. Quando alguém nos quer pressionar muito, é não nos intimidarmos e irmos nós para a frente. Temos de ser extremamente racionais, mas altamente ambiciosos. Para ir atrás do nosso objetivo, temos de passar esta etapa e estamos com ambição de a passar”, afirmou.

Na antevisão ao duelo ibérico, agendado para segunda-feira, em Vilnius, capital da Lituânia, Jorge Braz alertou para a organização espanhola, mas garantiu que Portugal sabe como contrariar, tornando em vantagem a vontade contrária em dominar o jogo.

“Mudaram jogadores e houve reajustamentos, mas continua a equipa mais organizada que existe e que sabe muito bem o que fazer em cada momento do jogo. O rótulo que estão a querer colocar de que já não é a Espanha, é completamente enganador”, disse.

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Contudo, Jorge Braz considerou que o facto de os espanhóis se acharem “dominadores de todas as situações de jogo” acaba por ser uma desvantagem, que os lusos querem aproveitar a seu favor: “Quando somos muito gulosos, às vezes as coisas correm mal. Sabemos muito bem como alterar isso e tornar uma vantagem para nós”.

A final do Europeu de 2018, na Eslovénia, que Portugal venceu por 3-2, após tempo extra, “é passado”, indicou Jorge Braz, contando que, desde essa altura, se encontram a “refinar e construir, com outros jogadores, mais jovens, que trouxeram irreverência”.

“Temos gente altamente criativa, que vê coisas momentâneas e curtas e que abrem espaço. É importante, mas é muito importante o plano e as coisas simples bem feitas. Se todos exercermos as nossas funções bem, somos uma equipa fortíssima”, frisou.

Apesar do histórico de confrontos ser tremendamente desfavorável aos campeões da Europa, que, em 29 encontros com os espanhóis, venceram apenas dois, empataram quatro e perderam 23, o técnico, de 49 anos, mostrou-se muito confiante na equipa portuguesa.

“Confio muito na nossa equipa e no que cada um fez até aqui. O presente constrói-se com o que se trabalha. Se acreditarmos muito nisso, geralmente as coisas caem mais para o nosso lado. Com competência e organização, as coisas vão funcionar”, concluiu.

Portugal e Espanha defrontam-se às 17h30 (15h30 de Lisboa) de segunda-feira, em jogo a contar para os quartos de final do Mundial de futsal, na Vilnius Arena, na capital da Lituânia. O vencedor do encontro defrontará, nas meias-finais, o Irão ou o Cazaquistão.