O antigo líder do PSD disse esta segunda-feira, num balanço das autárquicas na SIC, que “o PS está mais fraco” e que o momento “faz lembrar um pouco 2001”. Luís Marques Mendes admite que a noite eleitoral não foi exatamente o “pântano” que Guterres enfrentou após as autárquicas desse ano, mas foi um cenário “muito parecido e muito próximo“, destacando a “erosão do Governo e o cansaço político” daquilo a que chama de “meio-pântano“.

Para Marques Mendes — que participou como orador no último comício de Carlos Moedas — diz que “cheira a fim de ciclo” e acrescenta que “António Costa é o grande derrotado destas eleições”. O comentador político aponta três erros ao primeiro ministro: “Não ter feito remodelação antes das autárquicas”, “ter nacionalizado demasiado as eleições” e de ter optado por uma “overdose de eleitoralismo e muita arrogância”.

Em sentido contrário, o antigo presidente social-democrata diz que “o PSD tem uma derrota com sabor a vitória”, que tem “dois claros vencedores: Carlos Moedas, o grande grande vencedor, e Rui Rio”. Para Marques Mendes o atual líder do PSD “ganhou uma vida nova e um novo élan”, “reforçou-se politicamente” e “reduziu o espaço dos seus adversários“.

Marques Mendes diz que “é impossível” Fernando Medina ir para o Governo. “É ridículo. E o ridículo mata”, destaca o comentador. O antigo líder do PSD acrescenta ainda que “o Governo não vai cair, mas fica mais fraco” e que “para 2023 complicou-se a vida do primeiro-ministro”.

O antigo líder do PSD diz que houve um “antêntico desastre do PCP”. Marques Mendes diz que os comunistas têm “um problema estrutural” e “está cada vez mais divorciado da evolução social em Portugal”. O comentador diz que “Jerónimo de Sousa já devia ter saído e dar lugar a outro”. “O PCP vai desaparecer a olhos vistos”, vaticina Marques Mendes.

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