O candidato do PS à Câmara de Espinho, Miguel Reis, que venceu no domingo as eleições autárquicas com maioria absoluta, mostrou-se grato por retirar ao PSD a gestão desse concelho após três mandatos de Joaquim Pinto Moreira.

O arquiteto socialista assumirá assim a presidência do Executivo após a saída do social-democrata que, tendo cumprido 12 anos de liderança, apoiava agora a candidatura de Vicente Pinto, que foi sempre o seu vice-presidente em exercício.

Contactado pela Lusa, Miguel Reis confirmou o resultado entre as felicitações de terceiros e dizia apenas: “Vamos para a Câmara! Vamos para a Câmara!”.

Pouco depois, uma gravação online mostrava-o a festejar nos Paços do Concelho, onde declarava perante os apoiantes: “Podem contar comigo incondicionalmente, sempre ao vosso lado. Espinho vai voltar a ser a cidade que nunca devia ter deixado de ser. Obrigado a todos por esta oportunidade que me estão a dar. Irei retribuir com todo o trabalho e dedicação”.

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Vicente Pinto, cabeça-de-lista do PSD, afirmou, por sua vez: “As minhas felicitações para os que venceram. As eleições são democráticas e quem ganha está de parabéns. Tudo o mais que posso dizer nesta altura é que foi uma honra servir Espinho durante 12 anos”.

Segundo os resultados provisórios do Ministério da Administração Interna, o PS obteve maioria absoluta ao eleger quatro elementos para o Executivo camarário daquele concelho do distrito de Aveiro, enquanto o PSD assegurou três vereadores.

Da lista do PS para esses lugares consta, por ordem da posição validada pelo tribunal, Miguel Reis, Álvaro Monteiro, Maria Manuel Cruz e ainda Leonor Fonseca, ex-vereadora do PSD que em 2017 concorreu como cabeça-de-lista independente pelo “Movimento pela Minha Gente”

Já da parte do PSD, os futuros vereadores deverão ser Vicente Pinto, João Passos e também Lurdes Ganicho, que assumiu a pasta das Obras Públicas nos mandatos sob gestão de Pinto Moreira.

O escrutínio provisório apurou a seguinte distribuição de votos entre os oito candidatos ao concelho: 6.618 para o PS (o que representa 40,23% dos votantes), 6.180 para o PSD (37,57%), 796 para a CDU (4,84%), 607 para o BE (3,69%), 407 para o Chega (2,47%), 368 para o PAN (2,24%), 354 para o CDS-PP (2,15%) e 265 para o Nós Cidadãos (1,61%). Votos em branco foram 545 e nulos 311 .

Num universo local de 29.730 eleitores, essa distribuição de boletins representa 16.451 votantes, o que reflete 44,67% de abstenção.

O PS ganhou igualmente a Assembleia Municipal, mantendo aí a maioria que já obtivera em 2017, e fica com presidência das freguesias de Silvalde e da união de Anta e Guetim. A freguesia de Espinho mantém-se no PSD e de Paramos permanece com o movimento independente que já a vinha gerindo.