A Segurança Social registou um excedente de 49,5 milhões de euros em agosto, que compara com um défice de 85,9 milhões de euros no mesmo período do ano passado, segundo a síntese de execução orçamental divulgada pela DGO esta segunda-feira.

“O saldo global do subsetor da Segurança Social atingiu em agosto um saldo de 49,5 milhões de euros, o que representa uma variação positiva de 135,4 milhões de euros face ao período homólogo“, destaca o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, num comunicado sobre a síntese da Direção-Geral do Orçamento (DGO).

A receita efetiva da Segurança Social aumentou 7,2% até agosto face ao período homólogo para 1.396,7 milhões de euros.

“Este aumento deve-se essencialmente ao aumento de 1.077,5 milhões de euros em contribuições e quotizações (o que representa um aumento de 9,2%), e ao acréscimo de 109,2 milhões de euros em financiamento do Orçamento do Estado”, explica o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho.

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Por seu lado, a despesa subiu em agosto 6,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 20.780,7 milhões de euros, o “que se deve em grande parte às medidas extraordinárias adotadas para fazer face aos efeitos socioeconómicos da pandemia por Covid-19”, realça o ministério.

“Este aumento foi gerado, essencialmente, pelas medidas extraordinárias adotadas no âmbito da situação de pandemia por Covid-19, que representam um acréscimo de despesa de 1.660,1 milhões de euros”, precisa o gabinete.

Além das despesas relacionadas com a Covid-19, o ministério diz que o aumento da despesa da Segurança Social deve-se ainda ao aumento da despesa com prestações de desemprego “no montante de 170 milhões de euros, mais 17,6% do que no período homólogo”.

Também o aumento da despesa com pensões e complementos em 318,2 milhões de euros (mais 2,8% do que em agosto de 2020) e de 167,3 milhões de euros (mais 22,8%) com subsídios e transferências correntes para formação profissional e ação social contribuíram para a evolução do saldo.