O presidente das Caldas da Rainha, Fernando Tinta Ferreira, disse domingo respeitar a escolha do eleitorado que elegeu o candidatado do movimento independente “Vamos Mudar”, mas sublinhou que o PSD continua a ser o maior partido no concelho.

“Foi uma escolha do eleitorado que respeitamos e que saudamos, ainda antes de os resultados serem oficiais”, disse à Lusa Fernando Tinta Ferreira, após ter perdido as eleições em que disputava um terceiro mandato à Câmara das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, para o independente Vitor Marques, que encabeçou o movimento “Vamos Mudar”.

A “popularidade” do cabeça de lista do movimento que “agregou pessoas de vários quadrantes” ditou o fim da liderança do PSD na autarquia, que governava desde as eleições de 1976, com exceção para o mandato de 1982 a 1985 em que foi eleito um presidente do CDS.

Ainda assim, sublinhou Tinta Ferreira, “o PSD continua a ser o maior partido do concelho”, tendo vencido em nove das 12 freguesias das Caldas da Rainha e contando com oito eleitos para a Assembleia Municipal (menos um que o movimento vencedor) “o que, com a votação dos presidentes de junta, pode possibilitar que o partido mantenha a presidência deste órgão”.

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Tinta Ferreira adiantou que irá respeitar a decisão do eleitorado e “assumir o cargo de vereador”, comprometendo-se “a contribuir com ideias e propostas em prol do desenvolvimento do concelho”.

Fernando Tinta Ferreira, de 56 anos, é formado em Direito e foi, durante 10 anos, quadro superior de um centro de formação ligado às pescas.

Foi dirigente associativo, integrou a Juventude Social-Democrata e desempenhou cargos em várias estruturas locais, distritais e nacionais.

Em 1988 foi eleito deputado municipal e, desde 1998, eleito vereador na Câmara das Caldas da Rainha, a que presidia desde 2013.

O autarca, que concorria a um terceiro mandato, não logrou a reeleição, alcançando 34,71% dos votos para o partido que elegeu três vereadores.

O Movimento Vamos Mudar contará também com três eleitos no executivo, que integrará ainda um vereador do PS, partido que nesta eleições perdeu também um eleito.