A segunda edição do Festival Umundu Lx 2021, que pretende fomentar o debate coletivo sobre as questões da sustentabilidade, da resiliência e da regeneração, arranca esta quinta-feira no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando RibeiroAuditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, e tem entrada livre.

Em comunicado, a organização do evento, que termina com o Mercad’Umundu no Jardim do Príncipe Real, em 5 de outubro, conta com mais de 40 expositores e a participação de organizações não governamentais (ONG), comerciantes e artistas.

Será um programa muito diverso, com palestras, filmes, oficinas, visitas-guiadas e exposições, dedicadas à questão de como podemos mudar a atual realidade destrutiva das atividades humanas na Terra para um paradigma mais sustentável, regenerador e resiliente”, refere a informação divulgada pela organização.

No total, há 90 eventos com a participação em modo online ou presencial de mais de 80 organizações e de muitos convidados e promotores individuais.

Na segunda edição do “Umundu LX 2021 — Festival Coletivo para a Transformação Sustentável” haverá quatro temas de foco que também serão debatidos nas “Conversas Umundu”, sempre entre as 19h00 e as 21h00, no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, contando com académicos, ativistas e profissionais da área.

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“Afinal, o que é a sustentabilidade?”, “Restauração de Ecossistemas”, “DIY — Do It Yourself (Faça Você Mesmo)” e “Justiça climática e social” são os quatros temas em destaque.

De acordo com Hans Eickhoff, membro da equipa de organização do evento, citado no comunicado, o festival “convida todas e todos a pensar coletivamente como podemos viver (e sobreviver) nos limites de um planeta finito, sem destruir os ecossistemas que suportam a vida na Terra”.

“Como podemos, enquanto cidadãos, contribuir para a transformação necessária? E como podemos criar formas alternativas de viver, apoiadas na participação democrática e na comunidade, para promover uma sociedade mais sustentável e justa que possa garantir o bem-estar de todos, aprofundando valores como o direito ao cuidado, a solidariedade, a autonomia e a liberdade?”, questiona.

Hans Eickhoff adianta que durante os dias do festival serão criados espaços para fomentar debates e pensamento crítico em relação aos problemas decorrentes do estilo de vida atual e do sistema que o alimenta.

Segundo o representante, “tudo isso acontecerá com a participação de iniciativas cidadãs, associações, movimentos sociais e indivíduos, portanto, o Umundu Lx é uma plataforma de partilha, comunicação, articulação e mobilização entre todos, com um objetivo comum: mudar para um paradigma mais sustentável, resiliente e regenerador”.

Os eventos do festival terão entrada livre, mas estão sujeitos a inscrição antecipada no site.

De acordo com a nota, a história do Festival Umundu começou em 2009 na cidade de Dresden, na Alemanha, quando dois amigos, Patrick Ribeiro e Sascha Kornek, tentaram dar resposta à ausência de uma plataforma de encontro e reflexão sobre a temática de sustentabilidade que envolvesse tanto os coletivos ativos (mas dispersos) como a população em geral.

A 3.ª edição em Dresden recebeu “o mais alto prémio de sustentabilidade do Estado alemão para iniciativas de impacto no país”.

Em setembro de 2019, Patrick Ribeiro lançou a ideia de um evento idêntico em Lisboa, tendo a primeira edição tido lugar em outubro de 2020, com 103 eventos, envolvendo mais de 100 organizações e promotores individuais, inteiramente financiado por doações e uma campanha de ”crowdfunding”.