O Prémio Maestro Silva Pereira/Jovem Músico do Ano é conhecido esta quinta-feira, na abertura do 11.º Festival Jovens Músicos que coincide com a 34.ª edição do prémio com o mesmo nome.

A edição deste ano conta com a estreia da composição “Toys Are Us” (2021), de João Carlos Pinto, pela Jovem Orquestra Portuguesa.

O Prémio Jovens Músicos deste ano inclui os candidatos do ano passado, que “não chegaram a prestar provas devido à pandemia”, e os inscritos este ano.

O festival abre às 18h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, com um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção do maestro Pedro Neves, distinguido em 1995 com o Prémio Jovens Músicos.

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O programa inclui o Concerto Brandeburguês n.º 4, em Sol Maior, de Johann Sebastian Bach, e, também, deste compositor alemão, o Concerto para Teclas n.º 4 em Lá Maior, numa transcrição para acordeão de João Barradas (Prémio Jovens Músicos em 2016) que é solista, e a Sinfonia n.º 4 em dó menor, de Franz Schubert.

O festival, sob a direção do compositor Luís Tinoco, é uma iniciativa da RTP/Antena 2, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, que recebe os seis concertos pelos diferentes laureados, dos quais será escolhido o Jovem Músico do Ano, distinguido com o Prémio Maestro Silva Pereira.

O Jovem Músico do Ano é escolhido esta quinta-feira por um júri presidido pela maestrina Maria Teresa Macedo, e constituído pelo maestro Paulo Vassalo Lourenço, pelo musicólogo e programador Miguel Sobral Cid, da Fundação Gulbenkian, por Rui Pereira, da Casa da Música, coordenador da Orquestra Sinfónica do Porto, e pelo compositor Luís Tinoco.

A escolha será feita no decorrer do Concerto dos Laureados, em que cada um dos seis solistas interpreta um excerto de uma obra, acompanhado pela Orquestra Gulbenkian.

Os seis solistas são Vasco Teixeira (fagote), Diogo Pinheiro (oboé), Regina Maria Freire (voz), Diogo João (guitarra clássica), Maria Lourenço Pinheiro (trompa) e João Pedro Gonçalves (violoncelo).

O vencedor do Prémio Maestro Silva Pereira/Jovem Músico do Ano interpretará, no dia 2 de outubro, na íntegra, a obra com que concorreu, acompanhado pela Orquestra Gulbenkian.

Nesse mesmo concerto, será apresentada, em estreia, a obra “Apneia”, de João Caldas, que venceu o Prémio de Composição Sociedade Portuguesa de Autores/Antena 2.

No sábado, atuam os grupos Opus Quintet e Dialecticae Piano Trio, vencedores na categoria de música de câmara.

Como tradicionalmente, os laureados de edições anteriores apresentam-se em concerto no certame, além do acordeonista João Barradas e do maestro Pedro Neves.

O maestro Pedro Carneiro (Prémio Jovens Músicos em 1997) também irá dirigir a Jovem Orquestra Portuguesa, no domingo pelas 17h00, no grande auditório da Fundação Gulbenkian, num concerto encenado por Teresa Simas, intitulado “Exílio”, cujo programa é constituído pela Sinfonia N.º 49, em fá menor, “La Passione”, de Joseph Haydn, “Toys Are Us” (2021), de João Carlos Pinto, e a Sinfonia N.º 04, em ré menor, de Robert Schumann.

Ao Prémio Jovens Músicos candidataram-se 240 músicos, tendo sido laureados oito nas seguintes categorias: Canto, Fagote, Guitarra Clássica, Oboé, Trompa, Violino, do qual não houve um vencedor, Violoncelo e Música de Câmara. Esta categoria subdividiu-se em dois níveis, um com concorrentes com idade igual ou inferior a 18 anos (nível médio) e outro com músicos com idade igual ou inferior a 25 anos (nível superior).