O teste do alce continua a ser a principal ferramenta para decidir, caso seja necessário evitar uma colisão noutra viatura, pessoa ou animal, qual o veículo que consegue realizar a manobra de esquiva sem no processo desencadear outro embate ou acidente. Desta vez, os espanhóis do Km77 concentraram-se no Audi RS e-tron GT, modelo que foi concebido em simultâneo com o Porsche Taycan, para partilhar os custos.

A versão escolhida para o teste do alce foi a RS e-tron GT, a mais potente das berlinas eléctricas de topo de gama da Audi, que se diferenciam dos “manos” Taycan por serem mais espaçosas, o que as torna mais volumosas (Cx de 0,24 em vez de 0,22) e ligeiramente mais pesadas (2422 kg em vez de 2380 kg). Na ânsia de impedir o confronto directo entre dois modelos que, na génese, são idênticos, a opção passou por o Audi visar os condutores mais preocupados com o conforto, para o Porsche ficar com a clientela mais desportiva.

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Entre as várias tentativas no “duplo S”, em que consiste o teste do alce, o RS e-tron GT conseguiu percorrer o trajecto a entrar a 75 km/h, no que consistiu o melhor resultado do dia, um valor que não sendo a referência, é alcançado por uma berlina desportiva, mas com uma clara orientação rumo ao luxo e ao conforto.

Comparado com o Porsche Taycan, que atingiu 78 km/h na sua melhor passagem, o Audi portou-se melhor do que possa parecer à primeira vista, uma vez que estamos a comparar o RS e-tron GT, com 646 cv e 472 km de autonomia, contra o Taycan Turbo S, com 761 cv e 417 km entre recargas. Daí que, apesar da orientação mais virada para o conforto, o RS e-tron GT deverá jogar taco a taco com o Taycan Turbo S. Mas o rival natural do RS e-tron GT é na realidade o Taycan Turbo, com 680 cv e equipado com os mesmos motores e baterias do Audi, embora tenha uma menor autonomia (453 km).