O Presidente da República defendeu este sábado que a missão do navio-patrulha Zaire em São Tomé e Príncipe e na região do Golfo da Guiné é cada vez mais importante e afirmou que não vai parar. Marcelo Rebelo de Sousa falava no porto de São Tomé, junto a este navio da Marinha Portuguesa, que visitou antes de regressar a Portugal, depois de ter assistido à cerimónia de posse do novo Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova.

Perante a guarnição mista do Zaire, com cerca de dois terços de militares portugueses e um terço de são-tomenses, o chefe de Estado deixou uma mensagem “de gratidão” e expressou “confiança numa missão que não para, não vai parar, vai continuar e é prestigiante para dois Estados irmãos”.

Dirigindo-se em particular aos militares portugueses, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas agradeceu-lhes pela “missão extraordinária” do Zaire, que opera em águas são-tomenses desde janeiro de 2018, no âmbito de um acordo bilateral, defendendo que “começou por ser importante” e que “é cada vez mais importante, também para Portugal”.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que este navio-patrulha cumpre uma missão “ao serviço de Portugal, mas ao serviço de uma causa que também não é só de São Tomé e Príncipe, é uma causa universal, no Golfo da Guiné, numa situação muito complexa, que importa a vários continentes — que importa a África, que importa à Europa, importa às Américas –, de estabilização numa área muito cobiçada, muito instável e muito perigosa”.

Depois, dirigindo-se aos militares “irmãos são-tomenses”, o Presidente da República referiu que um dos objetivos desta missão “era a formação daqueles que no passado próximo, no presente e no futuro têm tido, têm e terão um papel fundamental naquilo que é a defesa do mar territorial, da Zona Económica Exclusiva” de São Tomé e Príncipe.

“Mas, sobretudo, de princípios e regras de direito internacional que estão a ser violadas ou correm o risco de serem mais violadas numa zona estratégica fundamental do globo — porque o Golfo da Guiné é estratégico, é estratégico para o narcotráfico, para a pirataria, para o tráfico de seres humanos, para a intervenção de forças terroristas ou inorgânicas perturbadoras daquilo que deve ser a sã convivência entre os povos e os Estados”, considerou.

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