Um grupo de investigadores da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, Estados Unidos da América, analisou o efeito que teve na emissão de gases poluentes, de CO2 e no incremento do tráfego, a troca da utilização de veículos privados por viaturas de aluguer de curta duração, sejam de car-sharing, ride-hailing ou pura e simplesmente táxis e Uber. Para isso, os cientistas simularam a substituição dos veículos particulares por unidades ao serviço de empresas de transporte em seis cidades norte-americanas. E os resultados não foram os esperados.

De acordo com os cientistas, o planeta enfrenta alterações climáticas por causa do excesso de emissões de gases de efeito estufa (CO2) e, nas grandes cidades, a qualidade do ar que se respira deixa muito a desejar devido aos poluentes emitidos pelos meios de transporte, já para não falar das limitações à mobilidade causadas pelo excesso de tráfego. Ora, tudo isto deveria ser “suavizado” pelo crescente recurso a soluções de car-sharing ou tipo Uber, que substituíssem carros particulares por veículos de empresas de transporte.

O estudo da universidade norte-americana concluiu que, enquanto esperam pelo próximo cliente, os veículos das empresas de transporte aumentam o tempo de circulação, incrementando o volume de trânsito em 60% e o consumo de combustível em 20%. Ambos os valores têm ainda como explicação o facto de muitos clientes substituírem os transportes públicos por estes novos meios de transporte.

De acordo com a Automotive News, os cientistas de Carnegie Mellon chegaram ainda à conclusão que, para reduzirem as emissões nocivas e o CO2, os veículos de transporte não colectivo terão de ser eléctricos, alimentados por bateria ou fuel cell a hidrogénio, para a redução do número de viaturas em circulação cair de forma evidente apenas se os veículos forem partilhados. Acima de tudo, o estudo parece apontar para as vantagens de uma rede eficiente e eléctrica de transportes públicos.

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