O Sindicato Independente de Professores e Educadores estima que quase metade dos docentes tenha aderido na manhã desta segunda-feira à greve nacional, provocando o encerramento de “dezenas de escolas” e deixando milhares de alunos sem aulas.

Estamos neste momento a fazer o piquete, a telefonar para todos os agrupamentos e o feedback que temos é que ronda os 50%, com mais incidência numas zonas e menos noutras, varia muito consoante a zona do país”, revelou em declarações à Lusa Júlia Azevedo, presidente do SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores.

Segundo dados recolhidos pelo sindicato, as zonas onde a greve está a ter mais impacto são Lisboa, Sintra, Porto, Baião, Barcelos, Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Trofa, onde, na manhã desta segunda-feira, havia “dezenas de escolas fechadas”.

Também existem casos em que os estabelecimentos de ensino estão parcialmente paralisados, uma vez que a greve de professores fez com que milhares de alunos não tenham aulas, acrescentou à Lusa.

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Com esta adesão esperamos que o Ministério da Educação perceba que é preciso retomar as negociações, que é a nossa principal exigência. A ausência de respostas às reivindicações dos professores e de abertura ao diálogo por parte do ministério dura já há dois anos”, criticou Júlia Azevedo.

A greve foi decidida a 17 de setembro com o objetivo de conseguir pressionar a tutela a retomar as negociações relativas à avaliação e progressão na carreira docente, à aposentação, aos concursos, às ultrapassagens na carreira entre docentes com o mesmo tempo de serviço, e à reversão da componente letiva.

Para o SIPE, a tutela está a impedir a realização de negociações que poderiam resolver problemas como o envelhecimento da classe docente, a sobrecarga de horário e de trabalho, além da precariedade e das ultrapassagens na carreira docente.