786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Morreu Ndakasi, a gorila que ficou famosa em 2019 numa selfie

Este artigo tem mais de 2 anos

A primata foi resgatada em 2007, depois de ter sido encontrada perto da mãe, que tinha sido morta a tiro. O parque Nacional de Virunga situa-se numa região onde existem conflitos armados.

7 fotos

Ndakasi, a gorila-das-montanhas que se tornou famosa através de uma selfie em 2019, morreu nos braços de Andre Bauma, o homem que lhe deu colo há 14 anos, depois de ter sido resgatada de junto do cadáver da mãe. A primata não resistiu a uma “doença que rapidamente deteriorou a sua saúde”, revelou esta terça-feira o Parque Nacional de Virunga, onde vivia, no leste da República Democrática do Congo (RD Congo).

A história de Ndakasi começou em abril de 2007 quando foi encontrada pelos guardas do parque agarrada ao corpo da mãe abatida a tiro. Foi rapidamente colocada num centro de acolhimento em Goma, onde conheceu Andre Bauma, que seria o seu tratador e “amigo de longa data”.

7 fotos

Durante essa primeira noite, Bauma segurou a bebé gorila de dois meses junto ao seu peito para a manter quente e confortável. Ndakasi sobreviveu, mas com um “grande trauma” por ter perdido a família, recorda o parque num comunicado oficial. O animal foi considerado “demasiado vulnerável” para voltar à floresta e foi transferido em 2009 para o centro de acolhimento de Senkwekwe, “a única instalação no mundo dedicada à proteção de gorilas-das-montanhas”, especialmente órfãos, que fica no quartel general do parque.

“Foi a inteligência e amabilidade de Ndakasi que me ajudou a perceber a conexão entre humanos e os grandes primatas e a razão pela qual devemos fazer tudo ao nosso alcance para os proteger”, disse Andre Bauma, no comunicado.

A gorila tornou-se “famosa” em 2019 quando uma selfie se tornou viral no Dia da Terra. A foto inclui duas gorilas, Ndakasi e Ndeze, também uma gorila órfã das montanhas, de pé, com um outro tratador. Mathieu Shamavu estava a ver o seu telemóvel quando reparou que os gorilas o estavam a imitar, o que o levou a tirar a fotografia.

Não foi a única vez que Ndakasi apareceu num ecrã. A primata foi uma das personagens do documentário “Virunga”, de 2014.

Os massacres que levaram a família da “protagonista” desta história foram decisivos para a implementação de uma “extensa” reforma de segurança do Parque Nacional de Virunga, como diz o site oficial. As autoridades congolesas fortificaram a proteção dos animais, numa altura em que a população global dos gorilas-das-montanhas estava gravemente fragilizada. Desde então, a espécie cresceu de 720 indivíduos para 1.063 durante os 14 anos que Ndakasi viveu.

“A morte de Ndakasi sublinha a importância de proteger os gorilas no seu habitat natural, onde estes prosperam e onde a sua esperança de vida é máxima”, pode ler-se no comunicado oficial, que explica que é exatamente por essa razão que o parque se foca em combater o tipo de eventos que trouxe a gorila ao parque.

O Parque Nacional de Virunga é um local classificado como Património Mundial da UNESCO localizado no leste da República Democrática do Congo e é considerado o parque com mais biodiversidade de África, que abrange florestas tropicais, cordilheiras montanhosas e vulcões ativos.

Mas o parque não escapou aos conflitos armados que se verificaram ao longo dos anos na região e teve de implantar medidas extraordinárias para manter os visitantes e a fauna a salvo dos conflitos, através de uma grande equipa de guardas que atualmente são 689. Estas pessoas, mulheres e homens locais, “são altamente treinados e arriscam as suas vidas diariamente na proteção da biodiversidade, também em articulação com as comunidades locais”.

Ainda no início do ano, segundo a Deutsche Welle, vários guardas foram abatidos a tiro por grupos armados. Em abril de 2020, pelo menos 17 pessoas foram mortas, incluindo 12 guardas, quatro civis e um membro do Instituto Congolês de Conservação da Natureza.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos