O Parlamento Europeu exortou esta quinta-feira à adoção de respostas coordenadas na União Europeia (UE) contra o “comportamento agressivo sistemático” na área dos ciberataques por parte da China, Rússia e Coreia do Norte, pedindo uma unidade cibernética conjunta.

Num relatório aprovado com 591 votos a favor, 65 contra e 26 abstenções na sessão plenária da assembleia europeia, que decorreu entre segunda-feira e esta quinta-feira na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados apelam a uma melhor coordenação militar no domínio da ciberdefesa, para assim reforçar a “ciber-resiliência” da UE.

No documento, os eurodeputados pedem, em concreto, uma política comum de ciberdefesa e uma cooperação forte na UE em matéria de capacidades cibernéticas para o desenvolvimento de uma “União Europeia de Defesa aprofundada e reforçada”.

Destacando a complexidade dos atuais ataques cibernéticos, o Parlamento Europeu quer também uma visão comum para garantir segurança ‘online’ no espaço comunitário.

Para isso, defende “respostas conjuntas e coordenadas” aos ciberataques, que também devem incluir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), para assim agir contra “atores hostis” que ameacem os interesses de segurança transatlântica.

Os eurodeputados expressam especificamente “preocupação com o comportamento agressivo sistemático” demonstrado pela China, Rússia e Coreia do Norte no ciberespaço, incluindo numerosos ciberataques contra instituições governamentais e empresas privadas.

E depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter defendido no discurso deste ano sobre o Estado da União a necessidade de uma política de defesa cibernética da UE, os eurodeputados recomendam ainda à criação de uma Unidade Cibernética Conjunta para melhorar a partilha de informação entre instituições, órgãos e agências europeias.

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