Começou com Cédric e João Mário e vai em Diogo Costa, Matheus Nunes e Rafael Leão. Com as três estreias na Seleção Nacional que Fernando Santos proporcionou este sábado, contra o Qatar, o selecionador nacional prolongou um percurso constante que começou em 2014. Com os três jogadores agora internacionais, o treinador já lançou 56 nomes na Seleção, entre habitués como Bruno Fernandes, Rúben Dias e Diogo Jota e elementos que não vingaram como Ukra, Gedson Fernandes ou Kévin Rodrigues.

O cântaro ficou mesmo na Fonte mas a asa foi sempre de Dalot (a crónica do Portugal-Qatar)

Logo depois da vitória frente ao Qatar no Estádio Algarve, a quarta consecutiva para Portugal, Fernando Santos limitou-se a dizer que os três estreantes “corresponderam”. Mas Diogo Costa, o guarda-redes do FC Porto que se tornou o guardião mais novo dos últimos 18 anos a chegar à Seleção, teve mais palavras. “É um sentimento de grande orgulho. Acima de tudo, é uma motivação extra, pelo trabalho que fiz para chegar aqui e para continuar a aprender e a trabalhar a cada dia que passa. Acho que estava um pouco nervoso. Qualquer jogador tem aquele ‘bichinho’ e aquela ansiedade mas é algo que felizmente consigo controlar bem. Basta acreditar em mim e pensar no que trabalhei para chegar aqui. Isso reforçou a minha confiança. Acreditei em mim e vou continuar a acreditar e a trabalhar sempre”, disse o jogador de 22 anos.

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Também Matheus Nunes, que foi titular e acabou por ser substituído na segunda parte depois de uma boa exibição, declarou que este foi “um momento muito bonito”. “Vai ficar na memória para o resto da minha vida. Só espero ter mais oportunidades. O momento mais especial foi quando estava no balneário. Tinha muita ansiedade mas os meus colegas tranquilizaram-me. Acho que estivemos muito bem. Tentámos abafar o adversário, não deixámos o adversário contra-atacar. A tendência é melhorar. Tive sempre a consciência de que representar Portugal era a decisão mais acertada, achava que ia ser mais feliz e hoje foi a prova disso. Se Deus quiser, vou voltar a ser chamado. Vou trabalhar no clube para que isso aconteça”, disse o jovem médio do Sporting.

Por fim, Rafael Leão. O avançado foi o único dos estreantes que não foi titular mas entrou na segunda parte para acertar duas vezes nos ferros, ficar muito perto de marcar e ainda assistir André Silva para o terceiro golo. “É uma grande emoção e um grande orgulho representar Portugal. Estou contente com a vitória de hoje. As oportunidades são momentos de inspiração, acho que tive falta de sorte. Mais cedo ou mais tarde, o golo vai chegar. Entramos sempre para ganhar, seja um amigável ou a contar. Somos Portugal, entramos sempre com o intuito de ganhar. A convocatória foi uma consequência do meu trabalho. Se conseguir trabalhar bem, vou conseguir ser chamado mais vezes”, atirou o avançado do AC Milan.

Estreias à parte, incluindo a estreia de José Fonte a marcar tornando-se o jogador mais velho a fazer golo pela Seleção aos 37 anos, o particular contra o Qatar também foi importante para Cristiano Ronaldo. Depois de já ser o melhor marcador da história das seleções — acrescentando até mais um golo, tendo agora 112 –, o capitão português ultrapassou a marca do espanhol Sergio Ramos e tornou-se o recordista europeu em jogos pelas seleções, com 181.