Joana Lemos e Lapo Elkann, o milionário italiano herdeiro do império Fiat, casaram esta quinta-feira à tarde em Portugal, onde se conheceram em janeiro de 2020 e onde passaram quatro meses confinados juntos, durante a pandemia.

A festa aconteceu na quinta que o neto de Gianni Agnelli comprou recentemente nas margens da Ria Formosa no sítio do Arroio, na Luz de Tavira, e coincidiu também com o seu 44º aniversário, revelou esta sexta-feira o site italiano Whoopsee.

Convidados para a boda, que decorreu entre a tarde de dia 7 e a madrugada seguinte, foram apenas os familiares e os amigos próximos de Lapo Elkann, herdeiro de uma fortuna de 11 mil milhões de euros, e de Joana Lemos, a portuguesa que se celebrizou na década de 90 como piloto de rali, primeiro de motas, depois de automóveis, e que tem agora 48 anos.

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Joana Lemos está noiva de Lapo Elkann, herdeiro da FIAT

De acordo com o Expresso deste sábado, a festa está envolta em polémica, porque a empresa responsável pela organização, que incluiu a montagem de duas tendas na propriedade, inserida no Parque Natural da Ria Formosa, em área protegida pelo plano de Ordenamento da Orla Costeira, não terá tratado atempadamente de todas as licenças necessárias por lei.

Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o pedido para a colocação das duas tendas, no logradouro e no jardim da propriedade, foi feito apenas na véspera do evento. Apesar de ter sido feita uma inspeção no local, que confirmou que as referidas tendas “não afetam valores naturais”, a entidade disse àquele jornal que a empresa organizadora continua a poder incorrer num processo de contraordenação e multa.

Ao Observador, Pedro Barros, um dos responsáveis pela organização do casamento, garante que assim que a Câmara Municipal de Tavira o informou sobre a necessidade de requerer um parecer ao ICNF tratou de dar seguimento ao processo — o e-mail que enviou, no dia 7 de outubro ao início da tarde, ainda não teve qualquer resposta.

“Entretanto os técnicos do ICNF já estiveram no local, mas a posteriori, e eu não fui contactado para acompanhar a visita. Se tivesse tido conhecimento antes que este tipo de parecer seria importante claro que teria feito o pedido mais cedo”, lamenta o organizador de eventos, baseado no Algarve, garantindo ainda que um dos principais objetivos dos noivos e da equipa que os acompanhou foi “zelar pelo meio ambiente”. “Cerca de 90% dos convidados foram para o evento de transferes, para não ser preciso terraplanar o terreno nem parquear carros em excesso nas imediações; foram colocados depósitos de resíduos líquidos para evitar a abertura de roços; e tivemos uma equipa de limpeza reforçada, de 12 pessoas, para garantir que estava sempre tudo limpo”, enumera Pedro Barros.

Para o evento, que decorreu em propriedade privada, acrescenta, foram contactadas GNR, Polícia Marítima e Bombeiros, que se mantiveram em permanência no local, até ao final da festa, às 3h da madrugada de sexta-feira. “Demos passos acima do que era exigível. Tivemos dois elementos da GNR, cinco elementos dos bombeiros acompanhados por duas viaturas, e dois elementos da Polícia Marítima, numa embarcação parqueada na ria. Fizemos questão de garantir o menor impacto ambiental possível. Não houve qualquer tipo de intervenção na terra, não houve carros a circular, não houve resíduos a ir para a ria.”

[Artigo atualizado domingo, 10 de outubro, às 17h40 com as declarações do organizador do evento]